Thomas Tuchel vs. Antero Henrique: guerra aberta em Paris

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É um dos temas quentes no habitualmente morno futebol francês e, por isso, merece amplo destaque na edição desta terça-feira do diário gaulês L’Équipe. O Paris SG vive um momento desportivo praticamente imaculado, com boas prestações e resultados condizentes nas competições onde está inserido, mas no seio do clube parecem estar a escalar-se posições. E nestes duelos de bastidores, não são os craques como Neymar ou Buffon quem lançam as cartas e definem as jogadas estratégicas mais apuradas, mas sim Thomas Tuchel, treinador da formação da capital francesa, e Antero Henrique, diretor-desportivo do colosso parisiense.

Que a relação entre Tuchel e Henrique não é a melhor já todos tinham percebido. Sejam nas acções públicas ou até em alguns rumores, habituais nestas coisas do desporto-rei, a verdade é que as clivagens entre os dois responsáveis já são conhecidas e notadas. Mas o diário francês vai bem mais longe e alude a uma verdadeira guerra pelo poder entre os dois elementos da estrutura. Uma espécie de braço-de-ferro pelo domínio interno dos corredores do poder. Se a estes elementos juntarmos Nasser al-Khelaifi, presidente do clube, ficámos com elementos suficientes para uma boa novela. Vamos então ao primeiro capítulo.

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Começamos por um facto bem simples – Tuchel não foi uma escolha de Antero Henrique. O antigo responsável do FC Porto esteve presente no processo de substituição de Unay Emery, que rumou ao Arsenal, mas tinha outros nomes em mente. Contudo, uma decisão emanada de Doha definiu o nome do treinador alemão, ex-Borussia Dortmund, e não se falou mais disso.

Mais tarde, Tuchel lamentou que Antero Henrique não tenha conseguido recrutar um médio defensivo de qualidade para a equipa, que assim ficou, na opinião de Tuchel, órfã de um elemento com características determinantes para o futebol que queria colocar em prática nesta versão 2018/19 do Paris SG.

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Face a tudo isto, defende o L’Équipe, Antero Henrique tenta agora reforçar a sua posição. Algo que tem feito desde que assumiu oc argo, recrutando muitos compatriotas para os cargos que lhe dizem directamente respeito. Foi assim que chegaram a estrutura parisiense nomes como Jaime Teixiera, João Luís Afonso e Paulo Noga.

Do outro lado desta barricada improvisada, Thomas Tuchel também tenta reunir junto a si homens de confiança, de forma a ter um bom ‘grupo’ na altura de ‘pegar em armas’. Foi assim que levou para a sua equipa Philipp Schlelb, diretor de staff, um cargo inédito até agora no clube, tentando também cimentar uma relação maís próxima com Maxwell, antigo jogador e actual coordenador desportivo do PSG, de forma a conseguir mais peso na estrutura.

Se a isto juntarmos of acto do Paris SG estar sob a apertada vigilância da UEFA no que diz respeito ao fair play financeiro, é certo que o próximo mercado de transferência, que já espreita, será determinante para um novo ‘round’ neste duelo pelo poder interno no seio do emblema da Cidade-Luz.

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Wenger esteve na mira

Um dos destaque desta análise feita pelo L’Équipe tem como protagonista Arsène Wenger, antigo treinador do Arsenal. De acordo com os ecos que chegam desde França, Antero Henrique terá tentado sondar o treinador francês no sentido de entender se este estaria interessado em rumar ao Paris SG. A má relação com Tuchel e o facto de se tratar de um treinador gaulês e muito reconhecido na galáxia futebol, terá levado Antero Henrique a esta tentativa. Contudo, conforme defende o diário francês, a última palavra é sempre de Nasser Al-Khelaifi, que não terá considerado esta uma boa medida a tomar nesta fase da temporada.

Por João Seixas
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