Ander Herrera, médio internacional espanhol de 32 anos que atua no PSG, deu uma entrevista ao diário 'AS' onde abordou diversos temas, tais como as possíveis chegadas de Renato Sanches e Vitinha ao clube, os diversos treinadores com quem trabalhou, com destaque para o português José Mourinho, a 'novela' Mbappé, Messi e ainda a eliminação na Champions frente ao Real Madrid, que acabou por levantar o troféu.
Sobre a possível chegada de Renato Sanches e Vitinha ao clube parisiense, o médio não se quis alongar muito, dando como exemplo um episódio pelo qual passou quando se transferiu para o Manchester United. "Em Manchester foi-me feita a mesma pergunta quando Schweinsteiger, Matic, Pogba ou Fred estavam lá. Aqui a Paris chegaram Danilo, Gueye, Rafinha... E eu joguei sempre e tive sempre a mesma responsabilidade. Isso fez de mim um futebolista melhor. Gosto de ter ao meu lado médios que me tornem melhor e melhorem a equipa", começou por admitir.
Na mesma entrevista falou ainda dos diversos treinadores com quem teve a oportunidade de trabalhar, dos quais se destacam o português José Mourinho, com quem trabalhou no Manchester United e a quem teceu um grande elogio. "Mourinho converteu-me num tipo diferente de médio e trouxe uma das melhores versões da minha carreira", disse.
Convidado a comentar a renovação e consequente permanência de Mbappé no clube parisiense, depois de muito se ter falado de uma saída para o Real Madrid, o espanhol explicou o que sucedeu e deu a sua opinião. "As pessoas não lhe perguntaram o que ele ia fazer. Tinha a sensação de que iria para o Real Madrid, mas no final não foi. Há que respeitar a decisão de um rapaz de Paris, nascido nos subúrbios, que não pôde jogar na formação do PSG porque partiu muito cedo para o Mónaco e que decidiu fazer história com o clube da sua cidade natal […] Não ficámos surpreendidos com a decisão, mas sim com o timing […] Estamos muito felizes por podermos desfrutar possivelmente do melhor jogador dos próximos dez anos […] pode vir a ser o melhor jogador da história do PSG", rematou.
Acerca da temporada menos conseguida de Lionel Messi, onde 'apenas' fez 11 golos em 34 jogos, o espanhol apontou o dedo aos críticos do astro argentino. "Pedem-lhe que marque 50 golos por época, se ele não os marcar, as pessoas falam logo mal dele. Não nos esqueçamos que o Leo é um recordista de todos os tempos na Ligue 1: mandou 10 bolas ao poste! Se ele tivesse marcado mais dez golos estaríamos a falar de uma época muito boa para o Leo. Mas para mim ele é o melhor de todos os tempos, sem qualquer discussão", vincou.
Sobre a eliminação nos oitavos de final da Champions aos pés do Real Madrid, na qual não pôde participar por uma lesão ocular, o médio mostrou-se naturalmente desagradado, revelando o desalento sentido no clube. "Os dias seguintes pareciam mais um funeral do que um balneário. Foi difícil encontrar as respostas, ninguém se exprimia ou falava", concluiu.