Cédric Soares respondeu às perguntas de 'Record' e dos seguidores num direto na rede social Instagram do nosso jornal. O lateral falou do Arsenal e da Premier League, campeonato onde está desde 2015 - teve uma etapa no Inter pelo meio. Cédric explicou as especificidades do campeonato e os jogadores mais complicados que teve de defrontar com a camisola de Southampton e Arsenal.
RECORD - Quais são as principais diferenças entre o campeonato português e o inglês?
CÉDRIC SOARES - São campeonatos muito diferentes. Quando vim para Inglaterra ainda mais. Aqui há muitos duelos físicos e onde todas as equipas, sem exceção, têm jogadores de qualidade, rápidos e fortes. Todas as equipas têm poder financeiro para terem craques, digamos assim. Torna o campeonato muito competitivo e não há jogos garantidos. Mesmo que seja um jogo contra uma equipa teoricamente mais fraca em nome, o resultado é uma incógnita. Não há vitórias fáceis e cada vez mais tem acontecido na Premier League. O campeonato português tem estado em evolução e de lá têm saído grandes jogadores de imenso valor. O campeonato português tem muita qualidade, mais tático talvez, mas em Inglaterra é um espetáculo interessante. É incrível. Não há paragens, é muito rápido e isso torna o campeonato muito interessante
R - Todos falam da intensidade porque os árbitros apitam poucas faltas, logo há menos paragens para os jogadores respirarem...
CS - Principalmente na fase inicial. A primeira parte é sempre intensa. Não me recordo de um jogo na Premier League que não seja intenso. Todas as equipas querem atacar, não há tanto o processo de escolher o momento perfeito para atacar. Todos querem chegar ao golo e como têm jogadores poderosos no um contra um o jogo acaba por ficar partido e apaixonante de se ver.
R - Consegue escolher qual foi o jogador mais complicado que já defrontou na Premier League?Assim de repente, lembramo-nos de Eden Hazar quando estava o Chelsea, Sadio Mané, que até jogou consigo no Southampton...
CS - É difícil escolher alguns nomes, porque todas as equipas têm jogadores que marcam pela diferença, até equipas teoricamente mais fracas. O Eden Hazard é um dos jogadores mais completos que tive de defrontar; o Mané, com quem joguei, é muito forte no um para um; o Sané, que foi agora para o Bayern; o Willian do Chelsea. É difícil escolher.
R - E para um lateral que ataca muito e que, obviamente, depois tem de defender, não deve ser fácil enfrentar um extremo rapidíssimo pela frente. Corre quilómetros por jogo e em alta rotação, certo?
CS - A minha prioridade é defender e foi assim que cresci. Claro que, sempre que possível gosto de subir e uma das características é essa intensidade, estar para cima e para baixo na ala [riso]. Obviamente que gosto de atacar. Acho que todos os jogadores gostam de ter bola. Acima de tudo há que defender bem, gerir bem, ser inteligente e com maturidade e experiência.
Cédric Soares precisou de apenas 4 minutos para marcar na estreia pelo Arsenal
Por David Novo