Menos concentração, distúrbios de sono e integração difícil para os reforços
A trágica morte de Diogo Jota e André Silva terá um enorme impacto na temporada do Liverpool. Os integrantes do plantel vão encetar 2025/26 num processo intenso de luto e, de acordo com os especialistas, há um trabalho de bastidores muito relevante e que já começa a ser preparado pelos mais altos responsáveis do emblema de Anfield.
Já escutámos a opinião do psicólogo Jorge Silvério, que pode recordar aqui, e agora destacamos as ideias partilhadas por três psicólogos ingleses, que revelaram ao ‘The Sun tudo’ aquilo que agora poderá acontecer no balneários dos reds.
Concentração diminui e pequenos erros ocorrem
Dr. Daniel Glazer [psicólogo clínico e fundador do UK Therapy Rooms]: “A reação imediata no seio da equipa será, muito provavelmente, uma mistura entre um luto extremo e um sentimento de ficção, como se o que aconteceu não fosse verdade. Os atletas de elite dependem de rotinas previsíveis e uma perda súbita pode afastar essa âncora, o que motivará distúrbios do sono, imagens intrusivas e mudanças de apetite.”
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“A denominada ‘culpa do sobrevivente’ pode surgir, especialmente com os colegas de equipa que estavam com o Diogo Jota pouco antes da sua morte. Isto acontece porque a mente procura explicações depois de uma tragédia inesperada. Os estudos relacionados com estas experiências traumáticas mostram que a concentração tende a diminuir quando estamos neste processo de perda. Por tudo isto, os pequenos erros nos treinos e nos jogos vão acabar por acontecer nas próximas semanas.”
“Muitos podem canalizar a sua emoção para uma narrativa coletiva, como por exemplo dedicar a temporada ao Jota, porque um objetivo partilhado acaba por fazer decrescer o sentimento de isolamento e incrementar a libertação de oxitocina, o que fará fortalecer as ligações sociais.”
Stress agudo e entorpecimento emocional
Dr. Ravi Gill [Psicólogo e Supervisor Clínico]: “Para aqueles que o conheciam de perto, a experiência pode levar a sintomas de stress agudo, dificuldade em conseguir foco e entorpecimento emocional, especialmente quando tentarem trabalhar em ambientes de alta pressão, característicos da vida de um futebolista.”
“Os jogadores conseguem habitualmente ultrapassar estes momentos através da unidade da equipa e através de rotinas estruturadas que oferecem estabilidade por entre estes turbilhão emocional. O clube ofereceu imediatamente aconselhamento e apoio no luto, terapia pós-trauma e, possivelmente, apostará também em sessões de grupo que encorajam a partilha no processo de perda.”
Reforços com vida complicada
Dr. Sarah Boss [Diretor a Clínica da Clínica The Balence Rehab]: “O apoio mais efetivo nesta fase inicial não se prende com tratamento clínico, mas sim reclusão, regulação e ter espaço para sentir todas as coisas que estão a acontecer. Os rituais, como tributos da equipa, partilha de memórias e até gestos simbólicos no relvado vão ser determinantes nesta parte inicial do processo.”
“Os jogadores que chegam ao clube, como Frimpong ou Wirtz, vão enfrentar um desafio único – proceder à integração numa equipa que está emocionalmente ferida. Vão encetar um processo de dupla pressão, porque têm de mostrar aquilo que valem ao mesmo tempo que têm de respeitar o processo de luto ao qual não estão diretamente ligados. Isto acabará por levar a um sentimento de isolamento, sendo essencial um apoio especializado e sempre apoiado em mecanismos que respeitem a saúde mental.”
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