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A Juventus apostou forte na contratação de Cristiano Ronaldo e os resultados estão à vista de todos. Golos, assistências, milhares de camisola vendidas... O mundo volta a falar do campeonato italiano, muito por 'culpa' de CR7. Fabio Paratici, diretor desportivo da 'vecchia signora', recordou numa entrevista à 'Gazzetta dello Sport' os meandros do 'negócio do século' e lembrou que depois da saída de Gianluigi Buffon (assinaria pelo PSG) os bianconeri precisavam de uma referência.
"Quando jogámos em Madrid [para a Liga dos Campeões] falei com o Jorge Mendes e disse-lhe 'o Cristiano marcou golos incríveis'. Ainda me lembrava, com muita dor, do golo que ele nos tinha marcado em casa... Mas ele olhou para mim e disse: 'Podes não acreditar, mas se o Cristiano mudar de clube, só considera a hipótese de ir para a Juventus. É menos estranho do que possas pensar'. Então comecei a pensar nisso...", recordou o dirigente.
Foi no âmbito da negociação do passe de João Cancelo que as conversas sobre Ronaldo se intensificaram. "O Jorge Mendes estava a falar a sério. 'Lembra-te, ele vai deixar Madrid e quer ir para a Juventus. Já jogou no Manchester United, a melhor equipa da Premier League, e depois no Real Madrid. Ele quer jogar em clubes históricos, nunca jogou em Itália e quer conquistar o título italiano'. Bem, eu precisava de perceber do que estávamos exatamente a falar, queria ver, como no póquer, que cartas é que ele tinha. 'Estamos a falar de quanto?', perguntei. 'Este é o salário e este é o valor da transferência', respondeu-me. Pedi-lhe uns dias para pensar."
Fabio Paratici pensou no assunto, não contou nada a ninguém, e depois reuniu-se com o presidente Andrea Agnelli e com Pavel Nedvedev. "O Buffon esta de saída, tínhamos ganho 7 campeonatos seguidos, na Liga dos Campeões tínhamos sido eliminados daquela forma, era preciso fazer alguma coisa para motivar os jogadores. Precisávamos de 'abanar a equipa e a solução era Ronaldo ou Icardi. Mas Ronaldo era o meu verdadeiro objetivo..."
O presidente também gostou da ideia. "Agnelli é um empresário, não é apenas um presidente. Ele entende o futebol e quer tornar a Juventus num clube ainda maior. Quando lhe falei no assunto pediu um momento para pensar, precisava de falar com algumas pessoas. Fiquei feliz por não me ter atirado para fora do escritório... À tarde disse-me para lhe apresentar todas as contas porque se fosse como eu estava a dizer, íamos avançar para o negócio", acrescentou o dirigente.
Allegri e Dybala
Paratici falou também do treinador Massimiliano Allegri - "claro que ele vai continuar connosco, não vejo melhor treinador" -, bem como de Paulo Dybala. O argentino tem sido apontado a alguns colossos europeus, mas o dirigente não quer que o avançado deixe Turim. "O Dybala representa a contratação que mais me orgulho. Chegou para substituir o Tevez, o que não era propriamente fácil na altura. Tínhamos jogado a final da Liga dos Campeões e estávamos a comprar ao Palermo um jogador por 40 milhões que tinha marcado 13 golos. Isto assusta. Mas ele continua. Com quem pode melhorar? É difícil, só se for com o Messi. Com o Neymar tenho dúvidas..."
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