José Mourinho elogiou a política de contratações da Roma este verão, mas garantiu que os giallorossi não são candidatos a conquistar a Serie A esta temporada. Na antevisão do encontro de amanhã com o Salernitana, da 1.ª jornada do campeonato italiano, o treinador lamentou que ainda estejamos a alguns dias do fecho do mercado.
"Infelizmente o mercado ainda não fechou", disse Mourinho este sábado. "Vamos fazer três ou quatro jogos antes do fim do período de transferências. É fácil julgar os nossos reforços, mas é melhor esperar. Assinámos com cinco jogadores por 7 milhões de euros, é óbvio que estivemos bem."
Entre os reforços estão Paulo Dybala, Georginio Wijnaldum e Nemanja Matic mas Mourinho não esconde que gostava de ter mais. "O mercado está aberto para toda a gente, perdemos dois bons jogadores, como foram os casos do Mkhitaryan e do Veretout, mas assinámos com outros cinco, incluindo um excelente jovem guarda-redes [Svilar]. Dei luz verde para estas contratações, estou bem com o clube e não me sinto frustrado. Eles [diretores do clube, onde se inclui Tiago Pinto] têm de ser elogiados pelo que fizeram, mas para uma época sem medo vamos precisar de algo mais."
A Roma pagou 7 milhões por Zeki Celik, lateral-direito que chegou do Lille. De resto, Wijnaldum foi emprestado pelo PSG, enquanto Svilar, Matic e Dybala estavam livres no mercado.
Há quem veja esta nova Roma - que na época passada ganhou a Conference League - como candidata à conquista da Serie A, mas Mourinho coloca alguma água na fervura.
"Para melhorarmos na Europa temos de ganhar a Liga Europa, mas há clubes com outro poder económico, que podem gastar 100 ou 150 milhões de euros por época. Podemos melhorar a equipa com novos jogadores, mas outras equipas fizeram o mesmo", explicou.
"Só a Sampdoria e o Lecce gastaram menos do que nós, por isso só podemos falar do favoritismo da Roma se houver 18 títulos disponíveis. O Milan e o Inter melhoraram as respetivas equipas e não creio que a Roma seja favorita. A Lazio gastou 39 milhões. Nós temos o nosso projeto e não podemos fazer grandes investimentos. O tempo é crucial", finalizou.