O drama dos refugiados que todos os dias nos entra em casa pela televisão atingiu também o andebol. O afegão Zubair Azizi, internacional pelo seu país, está entre as (muitas) vítimas de naufrágios ao largo da Grécia, no Mar Egeu.

O jogador deixou a capital Cabul no mês passado e fugiu com a família – a mulher e o filho de um ano – da difícil situação social e política que se vive no seu país, com a intenção de se fixar na Europa. E pretendia chegar ao Velho Continente através das rotas de contrabando, como muitos dos seus compatriotas.

A embarcação, que transportava afegãos, sírios e birmaneses, saíra de Ayvacick, na Turquia, a apenas 10 quilómetros da ilha grega de Lesbos, mas acabou por naufragar. A guarda costeira turca ainda conseguiu resgatar 75 pessoas, só que 45 (incluindo 17 crianças) acabaram por falecer. Azizi, de 28 anos, a mulher e o filho estavam entre as vítimas mortais...

Influente

Era um dos mais influentes jogadores do país, com presença assídua na seleção. Zubair Azizi e steve no maior êxito do andebol afegão, quando em 2014 o país conquistou o bronze no IHF Challenge Trophy, no Paquistão, depois de superar o Bangladesh, por 38-30.

Ao todo, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados, no mês de janeiro chegaram 54.500 refugiados à Europa através do Mediterrâneo – 236 pessoas morreram afogadas.