Portuguesa com recorde nacional que também lhe concretiza o sonho de estar em Paris'2024
A portuguesa Fatoumata Diallo qualificou-se esta segunda-feira para a final dos 400 metros barreiras dos Europeus atletismo Roma2024, com o recorde nacional que também lhe concretiza o sonho de estar nos Jogos Olímpicos Paris'2024.
"Antigamente, ficava a ver pela televisão e queria estar a correr com as melhores do mundo e, hoje, ainda não acredito bem que estou aqui. É um orgulho estar aqui a representar Portugal e ser finalista pela primeira vez na carreira", admitiu a barreirista, de 24 anos.
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Na zona mista do Estádio Olímpico de Roma, a atleta do Benfica não escondeu a alegria com a passagem à final dos 400 barreiras, valendo os 54,65 segundos, que a deixaram no quarto lugar da primeira série.
Apesar de ter ficado fora dos lugares de apuramento direto, Fatoumata Diallo avançou com o sétimo registo das semifinais para a prova, marcada para terça-feira, às 21:18 locais (20:18 em Lisboa).
"Representa muito para mim, era um dos meus sonhos", reiterou a atleta, que, depois de ter sido 26.ª nos Mundiais Budapeste'2023, na estreia em grandes competições, compete pela primeira vez em Europeus.
Na abordagem à semifinal, depois do sétimo tempo nas eliminatórias (55,81), no domingo, a barreirista estava consciente das dificuldades: "Todas as raparigas eram melhores do que eu, mais rápidas e mais experientes, mas eu sabia que tudo era possível".
E foi. Fatoumata Diallo bateu o recorde nacional (55,22), que pertencia a Vera Barbosa há quase 12 anos, desde 05 de agosto de 2012, retirando-lhe mais de meio segundo.
"Respeito e admiro muito a Vera [Barbosa], a quem tirei este recorde. Ela também já queria que eu o tivesse batido. Foi muito, muito importante para mim, como foi importante conseguir a marca de qualificação [para os Jogos Olímpicos]. Eu estava bem no ranking, mas, assim, era isso que eu queria", acrescentou.
Agora, além da final dos 400 metros barreiras, frente à neerlandesa Femke Bol, campeã olímpica e europeia, Diallo encara a concretização do sonho olímpico.
"Já me imaginava em Paris, mas eu queria estar entre as melhores e eu queria fazer os mínimos. Por isso, agora, agradeço ao meu treinador, à minha mãe e ao meu namorado", rematou.
Também nos 400 barreiras, Mikael Jesus teve menos sorte, acabando eliminado nas semifinais, com o 18.º tempo (49,72 segundos).
O atleta do Benfica, de 26 anos, terminou a segunda série das semifinais no sexto lugar, fora dos lugares de apuramento direto e também longe da repescagem -- que ficou nos 48,36, do alemão Emil Agyekum.
"Nas eliminatórias, no domingo, senti-me um pouco mais fresco e corri na pista nove, mais descontraído, já na frente, e foi um resultado muito bom [49,41], enquanto, hoje, fui na pista dois, mas também foi uma corrida bem mais forte", explicou.
Mesmo assim, Mikael Jesus esperava conseguir, como diz ser habitual, melhorar na segunda corrida.
"Não saiu, mas, ainda assim, estou muito contente, porque eu tenho feito resultados bem próximos dos 49 segundos, então é só uma questão de tempo para correr em 48, que é o que eu mais quero", rematou.
Fatoumata Diallo já garantiu a melhor classificação de sempre de Portugal nos 400 barreiras em Europeus, destronando, também aqui, Vera Barbosa, que foi 10.ª em Zurique'2014, enquanto, no setor masculino, as referências continuam a ser Pedro Rodrigues e Carlos Silva, quartos em Helsínquia'1994 e Budapeste'1998, respetivamente.
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