Gerson Baldé justificou este sábado os três saltos nulos com a entrada "a matar" na final do salto em comprimento dos Campeonatos da Europa de atletismo Roma'2024, que lhe valeram o 12.º lugar.

O saltador do Benfica, de 24 anos, arriscou nos dois primeiros saltos, que saíram longos, mas inválidos, ficando com a obrigação de conseguir, pelo menos, oito metros para conseguir mais três tentativas, falhando, novamente, por mais de 17 centímetros.

Gerson Baldé, de 24 anos, tinha sido quinto na qualificação, na sexta-feira, com 8,10 metros, a apenas quatro centímetros do seu recorde pessoal (8,14), conseguido já este ano, prometendo atacar logo no primeiro salto.

"Não é o mesmo estado de espírito que tive depois da qualificação. Três nulos é sempre difícil, sobretudo com bons saltos. Estava a sentir-me muito bem, mas são as dificuldades do comprimento, em acertar com a tábua, mas estou aí, de cabeça levantada", afirmou o atleta, na zona mista do Estádio Olímpico de Roma.

Em declarações à agência Lusa, o saltador confirmou ter cumprido a sua palavra: "Eu entrei a matar, mas, como eu disse, é a dificuldade do comprimento em acertar com a tábua".

Depois do 19.º lugar no salto em altura nos Europeus Munique'2022, o português subiu sete lugares no comprimento, especialidade em que o melhor desempenho de um português em Europeus continua a ser o quarto lugar de Álvaro Dias, em Bruxelas'1950.

Apesar do 12.º posto, Gerson Baldé diz ter a "certeza" em estar presente nos Jogos Olímpicos Paris'2024, para onde aposta as próximas energias.

"Este é o ambiente que queria, queria ficar o resto da competição, interagir com o público, pedir umas palmas, mas precisava de um salto válido para me dar confiança para isso", explicou.