A Rússia vai continuar suspensa de todas as competições internacionais de atletismo, decidiu hoje a IAAF na reunião do seu conselho, que decorre no Mónaco.
A decisão foi unânime no seio do organismo que superintende o atletismo a nível mundial, que assim mantém a decisão assumida em novembro de 2015, face à revelação de um vasto sistema de doping promovido a nível estatal.
Depois de novembro do ano passado, as sanções à Rússia foram confirmadas em março e junho deste ano, o que levou a que o país tenha estado ausente dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
Ainda assim, Rune Andersen, que preside à 'Task Force' para acompanhar a evolução do caso, reconhece que a federação russa de atletismo (RUSAF) "fez esforços desde junho", mas tem ainda de provar que os controlos antidopagem são feitos "de forma autónoma" e "sem interferência externa".
A 'Task Force' regressa à Rússia em janeiro, para verificar as respostas ao relatório McLaren, cuja primeira parte incriminava largamente a Rússia. A segunda parte daquele relatório deverá ser tornada pública a 09 de dezembro, em Londres, sendo de seguida tranmitida ao conselho da IAAF.
As autoridades russas tentaram nos últimos dias trasnmitir mensagens de boa vontade ao movimento desportivo e o presidente Vladimir Putin promulgou a 22 de novembro uma lei que sanciona com penas de prisão os treinadores e médicos que tenham levado atletas a dopar-se.
Entretanto, e face ao prolongamento da suspensão da Rússia, foi decidido alterar a sede dos campeonatos do mundo de marcha de 2018, que passam da inicialmente aprovada Cheboksary, na Rússia, para Taicang, na China.