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José Santos e a ambição portuguesa nos Mundiais: «As medalhas dependem de muita coisa»

Diretor Técnico Nacional escusou-se a apontar lugares de pódio como objetivo para Budapeste'2023

Pedro Pichardo é uma das esperanças nacionais quanto às medalhas mas nos últimos tempos teve alguns problemas físicos
Pedro Pichardo é uma das esperanças nacionais quanto às medalhas mas nos últimos tempos teve alguns problemas físicos • Foto: Erick van Leeuwen / FPA

O Diretor Técnico Nacional (DTN) da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), José Santos, escusou-se a apontar lugares de pódio como objetivo para os Mundiais Budapeste'2023, mas disse esperar lutar pelas medalhas.

"Temos 29 atletas, maioritariamente feminina, com 18 mulheres e 11 homens, que eu não tenho dúvidas nenhumas que vão empenhar-se para fazerem as suas melhores marcas nos Campeonatos do Mundo. Vai perguntar-me por medalhas e por finalistas, mas isso depende de muita coisa", reconheceu o responsável, em declarações à agência Lusa.

Portugal apresenta-se na capital húngara com a segunda maior delegação de sempre, semelhante à apresentada em Berlim2009, onde Nelson Évora alcançou a prata no triplo, e apenas atrás dos 30 de Atenas'1997, no auge de atletas como Fernanda Ribeiro, Manuela Machado e Carla Sacramento.

"Dos nossos dois medalhados olímpicos, a Patrícia Mamona [prata no triplo salto em Tóquio2020], infelizmente, não vai estar presente, devido a lesão, e o Pedro Pichardo esteve, durante muito tempo, com problemas físicos, mas espero que possa estar em condições", recordou José Santos, sustentando a sua dúvida sobre a candidatura a medalhas.

Face às dúvidas sobre o estado físico do campeão olímpico e europeu no triplo na defesa do título conquistado em Oregon'2022, cuja qualificação está marcada logo para sábado, o responsável técnico disse acreditar na sua recuperação.

"A FPA espera que os atletas estejam bem, como eles também esperam isso. Eu sei que há atletas que já não vão às competições se não se sentirem bem, porque não querem falhar", salientou, sem se referir diretamente a Pichardo, que não compete desde maio.

Mesmo assim, o DTN recordou o potencial de Auriol Dongmo, campeã da Europa e do mundo em pista coberta, e de outros "atletas promissores", como Isaac Nader, nos 1.500 metros, e João Coelho, nos 400, e a "belíssima" estafeta dos 4x400 mistos.

"Temos representantes em todas as disciplinas, oito nos lançamentos, seis na velocidade e outros tantos no meio-fundo, quatro na marcha, três nos saltos... acho que já se nota menos debilidade no nosso atletismo", vincou.

Dos 29 selecionados, 13 chegam à capital húngara com recordes pessoais estabelecidos já este ano, levando José Santos a resumir: "Espero bons resultados, não vou estar a dizer que espero medalhas ou finalistas, vou esperar bons resultados e muito empenho".

A 19.ª edição dos Campeonatos do Mundo de atletismo vai ser disputada em Budapeste, entre sábado e 27 de agosto, pouco mais de um ano depois de Eugene ter acolhido a competição que tinha sido adiada em 2021 devido à pandemia de covid-19.

Nas 18 presenças anteriores, os atletas lusos subiram 23 vezes ao pódio, conquistando sete medalhas de ouro, sete de prata e nove de bronze.

Os títulos mundiais foram conquistados por Rosa Mota, na maratona, em Roma'1987, por Fernanda Ribeiro, nos 10.000 metros, e Manuela Machado, na maratona, em Gotemburgo'1995, por Carla Sacramento, nos 1.500 metros, em Atenas'1997, por Nelson Évora, no triplo, em Osaka'2007, por Inês Henriques, nos 50 marcha, em Londres'2017, e por Pichardo, novamente no triplo, em Oregon'2022.

Por Lusa
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