O atleta espanhol, uma referência da modalidade em Espanha, tem boas lembranças da capital portuguesa, por onde passou em 1994, 1996 e 2016.
"Em 1994, bati aqui em Lisboa o recorde de Espanha na meia-maratona. Recordo-me bem dessa altura, porque foi quando comecei a fazer a transição para estas distâncias, não sabia como o meu corpo se ia adaptar a este tipo de prova. Vim a Lisboa para fazer uma boa corrida e saí daqui com o recorde de Espanha. É uma corrida com muita qualidade e, cada vez que venho, tenho muito boas sensações", disse o espanhol, em entrevista à Lusa.
Campeão europeu de maratona, em 1994, em Helsínquia, e campeão do mundo, em 1995, em Gotemburgo, Martín Fiz não colocou as sapatilhas de lado quando acabou a carreira. Em Espanha, tem-se distinguido como um exemplo para os mais velhos e, em Lisboa, na prova de domingo, quer voltar a mostrar que a idade é só um número.
"Venho fazer o melhor possível e ganhar a categoria master", assumiu.
O espanhol revelou que na capital portuguesa vai começar "um novo sonho e um novo objetivo".
"Quero ser o embaixador das pessoas mais velhas, como eu, que não desistem de ter uma vida saudável. Aqui, começa o projeto 'Super Half': nos próximos dois anos e meio, quero fazer e ganhar as meias-maratonas de Lisboa, Praga, Copenhaga, Cardiff e Valência. Quero fazer as cinco e ganhá-las, o que me tornaria no único atleta do mundo a ser campeão da Europa e do mundo, pois já consegui o mesmo nas maratonas de Nova Iorque, Chicago, Boston, Berlim, Londres e Tóquio", enumerou o atleta de 60 anos.
Com uma vitalidade contagiante, Martín Fiz não hesita em revelar o segredo de uma carreira recheada de grandes vitórias e de se manter sempre pronto para mais uns quilómetros na estrada.
"Comecei a correr com 13 anos, tenho mais de 300 mil quilómetros nas pernas, e sinto-me muito privilegiado, porque o meu 'hobbie' se tornou na minha profissão, mas não perdi o prazer de correr. Correr é o meu modo de vida, dá-me saúde e não quero parar. Não é uma obsessão, mas gosto de correr, de ganhar e de desfrutar", resumiu Martín.
Em Portugal, Fiz mantém amizades antigas com Rosa Mota, os irmãos Castro e outros nomes do atletismo nacional que o acompanharam em prova. Reconhece grande valor aos atletas portugueses de hoje, mas assume que a tarefa deles está mais complicada.
"Os atletas portugueses sempre foram uma referência nas grandes distâncias. O problema é que no passado houve atletas que conseguiram marcos históricos e, hoje, é difícil chegar a esse patamar, porque a modalidade também mudou. Eu defendo que é preciso alimentar essa mudança geracional, mas sem cair no campo das comparações", concluiu o espanhol, que na passagem por Lisboa tem um desejo para cumprir à mesa: "Não o posso fazer antes da prova por causa do sal, mas uma das refeições vai ter de ser bacalhau!".
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