O francês Renaud Lavillenie e a norte-americana Jennifer Suhr mostraram esta sexta-feira, em Portland, nos Campeonatos do Mundo de pista coberta, que de momento não têm adversários ao seu nível na vara, vencendo com clareza as suas provas.
Ambos se apresentavam como favoritos e ambos saem da pista do Centro de Congressos do Oregon, nos EUA, com o recorde dos campeonatos e com vontade de voltar a bater o recorde do mundo.
No primeiro de quatro dias de competições, a grande aposta da organização foi centrar o foco nas finais diretas da vara - não houve outras provas hoje - e percebeu-se bem porquê, já que o país anfitrião arrebatou três das seis medalhas em jogo.
Mas a figura incontornável do arranque dos campeonatos é mesmo Lavillenie, absolutamente autoritário na vitória, prescindindo de passar a fasquia a várias alturas e a 'limpar' até aos 6,02 metros, novo recorde dos campeonatos. Depois, tentou sem sucesso o seu recorde do mundo, a 6,17.
Para aquele que é o segundo título mundial da sua carreira, o recordista mundial apenas entrou a 5,75 metros, quando a maioria dos adversários já estava fora, e regressou a 5,90, para ganhar. Sem pressão, mandou subir para 6,02, para se apossar do recorde dos campeonatos, que era do australiano Steven Hooker.
Sam Kendricks, dos Estados Unidos, fica com a prata, com 5,80, e o polaco Piotr Lisek com 5,75, com o bronze, ficando o campeão do mundo do ano passado, o canadiano Shawnacy Barber, fora do pódio.
A prova feminina - na qual esteve a portuguesa
Marta Onofre, sem marca após três derrubes - não teve em Suhr uma vencedora tão impressiva mas fica para a história por ser a melhor de sempre em pista coberta, com cinco atletas a fazerem 4,70 ou mais.
Os Estados Unidos fizeram a dobradinha, com Jennifer Suhr (4,90) e Sandi Morris (4,85), sem surpresas, e para a Grécia vai a prata de Ekateríni Stefanídi (4,80).
Suhr chegou a mandar subir a fasquia para recorde do mundo indoor mas poucos segundos depois desistiu, após o treinador lhe relembrar a pequena lesão sofrida nos campeonatos nacionais e a necessidade de não 'forçar' em ano olímpico.
Tal como Lavillenie, acabou por ter pouco trabalho para chegar ao ouro: quatro saltos à primeira bastaram, a 4,60, 4,75, 4,85 e 4,90, 'riscando' por quatro centímetros do quadro de recordistas do campeonatos a russa Elena Ysinbaieva.