"Fazemos tudo o que podemos fazer para ganhar", atira Jorge Pichardo
O português Pedro Pichardo remeteu para a família a decisão sobre os Jogos Olímpicos Los Angeles'2028, na sexta-feira, após conquistar o título mundial do triplo salto pela segunda vez, mas o seu pai, hoje, já decidiu que vai.
"Claro que sim. Eu dou a certeza que vai, seguramente que sim, tenho a certeza que vai. Nós fazemos tudo o que podemos fazer para ganhar", afirmou Jorge Pichardo, pai e treinador do único bicampeão mundial de atletismo.
Esta decisão, seguiu-se à resposta evasiva do filho, após receber a sua segunda medalha de ouro em Mundiais, quando questionado se tentaria um terceiro pódio olímpico, após o título em Tóquio'2020 e a prata em Paris'2024: "Não sei, não sei," respondeu, entre sorrisos.
Pichardo subiu hoje ao pódio, na 'medal plaza', junto ao Estádio Nacional do Japão, onde saltou 17,91 metros para arrebatar o ouro, destronando da liderança, no último salto, o italiano Andrea Dallavalle, vice-campeão europeu em Munique'2022, com 17,64 metros, enquanto o do cubano Lázaro Martínez, que foi despromovido da prata de Budapeste'2023 para o bronze, com 17,49.
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"O meu pai e a minha mãe puxaram-me as orelhas quando eu disse que me queria aposentar, no ano passado. E eu agradeço-lhe que fizessem com que eu estivesse aqui, pelo menos, mais este ano. Sempre disse que os meus pais e a minha esposa é que decidem a minha carreira e o que me têm dito é para continuar", afirmou Pichardo, na sexta-feira, deixando no ar a dúvida agora desfeita pelo pai e treinador.
De tal forma que, hoje, com a medalha personalizada, com o nome e a disciplina gravadas, Pichardo, de 32 anos, voltou a falar do seu sonho de bater os 18,29 metros do recorde do mundo do britânico Jonathan Edwards, que dura há 30 anos, quando conquistou o primeiro dos dois títulos mundiais.
"Ainda sonho, ainda. Saltei 17,91 metros, com dois meses de treino e fiquei a 18 centímetros da tábua de chamada. Acho que tenho condições, acho que, com um pouco mais de trabalho, vou conseguir", vincou o saltador luso.
Na quinta-feira, Pichardo reconquistou o título de campeão do mundo do triplo salto nos Mundiais Tóquio2025 e tornou-se no primeiro português com duas medalhas de ouro nos campeonatos.
Com 32 anos, Pichardo recuperou o título que conquistou em Oregon2022 e não defendeu em Budapeste2023, graças à sua sexta tentativa, a 17,91 metros, depois de ter iniciado a final, disputada no mesmo sítio onde se sagrou campeão olímpico, em 2021, com 17,07.
A 25.ª medalha lusa em Campeonatos do Mundo, a segunda na capital japonesa, depois do triunfo de Isaac Nader nos 1.500 metros, foi assegurada com a melhor marca do ano, à frente do italiano Andrea Dallavalle, vice-campeão europeu em Munique2022, com 17,64 metros, e do cubano Lázaro Martínez, que foi despromovido da prata de Budapeste2023 para o bronze, com 17,49.
Saltei 17,91 metros, com dois meses de treino e fiquei a 18 centímetros da tábua de chamada. Acho que tenho condições
Bicampeão mundial no triplo salto
Depois de assumir a liderança da final com 17,55 metros, que conseguiu por duas vezes, Pichardo saltou 17,36, abdicou do quinto e viu Dallavalle subir ao primeiro posto, com 17,64 metros. O português não vacilou e, a fechar, recuperou o primeiro lugar com 17,91, conseguindo a segunda medalha de ouro da delegação portuguesa em Tóquio2025, igualando os dois títulos de Edwards e ficando a dois do 'tetra' de Christian Taylor.
Uma segunda medalha em Tóquio2025 promove também esta edição no histórico nacional, igualando as 'dobradinhas' de Roma1987 (ouro de Rosa Mota na maratona e prata de Domingos Castro nos 5.000 metros), Londres2017 (ouro de Inês Henriques nos 50 km marcha e bronze de Nelson Évora no triplo salto), Berlim2009 (prata de Évora no triplo e bronze de Naide Gomes no salto em comprimento) e Helsínquia2005 (bronzes de Rui Silva nos 1.500 metros e de Susana Feitor nos 20 km marcha).
O recorde luso é de quatro medalhas, somadas em Gotemburgo1995 (ouros de Manuela Machado na maratona e Fernanda Ribeiro nos 10.000, que também ficou com a prata nos 5.000, e o bronze de Carla Sacramento nos 1.500) e em Atenas1997 (ouro de Sacramento nos 1.500, pratas de Machado na maratona e Ribeiro nos 10.000, ainda com o bronze nos 5.000).
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