Mario Elie e Carlos Lisboa animam «NBA Jam Session»

A ”NBA Jam Session”, o maior festival mundial de basquetebol interactivo, vai – de quarta-feira (começo agendado para as 18 horas) até domingo – entusiasmar todos os que apreciam a modalidade e até aqueles que não tendo uma grande afinidade com os cestos, não perdem uma boa demonstração desportiva.

Um extenso rol de actividades irá, com efeito, transformar o Pavilhão 3 da FIL, no Parque das Nações, num autêntico ”circo” de basquetebol. Numa área de aproximadamente 7500 m2, crianças, adolescentes, adultos ou idosos poderão dar largas à sua imaginação e participar em vários concursos ou, pura e simplesmente, testar as suas qualidade técnicas.

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Tratando-se de uma acção em que a NBA está envolvida, os organizadores não podiam ter escolhido um porta-voz mais indicado. Mario Elie joga (e de que maneira...) na Liga Profissional Norte-americana – onde já arrebatou três títulos, os dois primeiros ao serviço dos Houston Rockets e o último, na temporada 1998/99, com a camisola dos rivais de San Antonio – e, mais importante, é o único atleta da história da competição que já alinhou num conjunto português. Foi na Ovarense e, curiosamente (ou talvez não...), Elie ajudou os vareiros a conquistarem o seu primeiro título nacional. Agora, quis o destino que voltasse a Portugal alguns meses depois de a turma de Ovar ter somando novo êxito na mais importante competição basquetebolística lusitana.

UM CHOQUE... AGRADÁVEL

Horas depois de chegar a Lisboa (e de constatar que o país evoluíra em vários aspectos), Elie encontrou-se com os jornalistas e para além de destacar a importância da ”Jam Session” – fundamental para dar a conhecer o jogo – falou de Portugal, repetindo o que se sabia: o seu profundo carinho por esta nação que o acolheu quando, há 12 anos, não passava de um jogador desconhecido que tinha o sonho de singrar na dura NBA.

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”Quando cheguei a Ovar, fiquei admirado, pois a minha cidade é Nova Iorque e, de repente, estava numa terra pequena, onde atrás da minha casa pastavam vacas. Porém, como sempre tenho dito, foi uma experiência óptima que muito contribuiu para ter conseguido entrar na NBA. Como atleta e como homem, a minha passagem por Portugal foi óptima. Aprendi imenso e jamais esquecerei o carinho dos adeptos que, por exemplo, não me deixavam pagar a comida a seguir aos jogos que ganhávamos”, relembra.

Aproveitando a presença de Lisboa ao seu lado, Elie não se esqueceu de abordar os duelos que travou com o ex-capitão do Benfica.

”Ele era o melhor jogador português e eu, pelo menos para mim, era o melhor americano que cá estava na época. Eram jogos emocionantes, mas leais. Continuo a considerar que o Lisboa podia ter jogado em ligas mais fortes. Aliás, para Portugal poder pensar em ter um ou mais atletas na NBA, o primeiro passo é conseguir colocar os seus melhores jogadores em Espanha ou Itália. Depois, tudo será mais fácil.”, explica.

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PALAVRAS NA MEMÓRIA

Embora tivesse dialogado em inglês com a Imprensa, Mario Elie fez questão de demonstrar que ainda sabe dizer algumas palavras em português. ”Frango, arroz, batatas fritas, vinho, caneca e... escudos”, disse, de forma bem perceptível, o simpático jogador dos Spurs que, aos 36 anos, esperar alinhar mais duas épocas na NBA e depois colocar um ponto final na carreira.

À despedida, enquanto se preparava para ir fazer o ”reconhecimento” da capital, Elie justicou o facto de os Spurs terem perdido o último campeonato para os Lakers. ”O O’Neal é o melhor jogador da Liga...”

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CARLOS LISBOA: «Iniciativa importante»

Carlos Lisboa, ex-jogador e treinador do Benfica, é um dos nomes sonantes desta ”NBA Jam Session”. Unanimemente considerado o melhor basquetebolista luso de todos os tempos, Lisboa não hesitou em juntar-se a uma inicitiva que qualifica de importante.

”Foi com grande entusiasmo e orgulho que recebi o convite que me endereçaram para participar nesta iniciativa importante. Para além de ter oportunidade de conviver com os jovens e de lhes poder transmitir alguns ensinamentos, esta acção proporciona o reencontro com o Mario Elie, um grande jogador que tive o prazer de frontar. Nas duas épocas que ele esteve em Portugal, venceu um campeonato e a equipa em que eu estava ganhou outro. Foram sempre embates de grande qualidade. Aproveito para lhe endereçar as maiores felicidades, pois ele ainda está no activo”, disse Carlos Lisboa.

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ATRACÇÕES

Se não restam dúvidas que Mario Elie e Carlos Lisboa serão as principais figuras da ”Jam Session” lisboeta, outras merecem, igualmente, destaque. Assim, Luís Magalhães – actual treinador da Portugal Telecom – e Vera Jardim – internacional portuguesa – também vão ajudar a juventude a melhorar os seus índices técnicos. O norte-americano Ray Richardson – antigo jogador dos New York Knicks e dos New Jersey Nets – completa o quinteto de ilustres ”professores”.

Mas, para aqueles que não estão interessados em jogar, mas só em assistir a interessantes demonstrações, convém recordar que as ”Lakers Girls” vão animar as noites do Pavilhão 3 da FIL. Oito das actuais 17 integrantes do grupo de bailarinas da equipa campeã da NBA estão entre nós, para mostrar o vasto reportório gímnico que possuem.

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E que dizer do ”Da Bull” e do ”Boomer”? Assim, à primeira vista, os nomes podem não significar nada, mas se acrescentarmos que são as mascotes dos Chicago Bulls e dos Indiana Pacers, certamente que muitos já os conseguem identificar.

Cómicos e exímios, os dois ”bonecos” vão, com toda a certeza, fazer rir todos os que se deslocarem ao Parque das Nações. Resta acrescentar que os bilhetes custam mil escudos e que o certame funcionará de quarta-feira até domingo (abertura às 18 horas e encerramente à meia-noite ou uma da manhã).

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