Em dia de dilúvio, a Massi-Tactic afogou a resistência das equipas rivais na Volta a Portugal Feminina Cofidis e acentuou o domínio na competição, somando mais um triunfo de etapa, por Miryam Nuñez, e reforçando a liderança de Valeria Valgonen. A terceira etapa da competição, disputada ontem entre Aveiro e Águeda, foi a mais longa da competição, com 111,3 quilómetros, e foi marcada por fortes aguaceiros, que endureceram a viagem.
As muitas movimentações ditaram que os quilómetros finais fossem disputados por uma frente de corrida com cerca de 20 ciclistas. O acesso à meta, com cerca de um quilómetro em subida, ditou a seleção final. Aí, notou-se a superioridade da Massi-Tactic.
Miryam Nuñez, que vencera o prólogo, voltou a celebrar o triunfo, diante da companheira de equipa, Valeria Valgonen, que, graças às bonificações na chegada e nas metas volantes, deu mais cor à camisola amarela que enverga. A terceira foi a campeã nacional de fundo, Cristiana Valente (Glassdrive/Chanceplus/Allegro), com o mesmo tempo.
"Foi uma etapa bastante complexa, devido à chuva. Mas soubemos cuidar-nos e estou muito contente com a vitória. A aproximação à meta foi o quilómetro mais longo da minha vida, parecia que ia terminar, mas continuava a subir. A ideia é que a camisola amarela fique na equipa e vamos trabalhar para levar a vitória, agora que estamos as duas bem colocadas na geral", referiu a equatoriana.
Valeria Valgonen segue de amarelo, tendo Miryam Nuñez a oito segundos. Seguem-se três corredoras a 34 segundos, Marina Garau e Susana Pérez (Cantabria Deporte-Rio Miera) e Cristiana Valente. A portuguesa ambiciona subir na classificação: "Esta Volta a Portugal não tem o percurso que me é mais favorável, mas sou muito competitiva e dou sempre o melhor. Comecei bem, com um bom prólogo, tendo em conta que sou muito leve. Hoje, confesso que me vi a ganhar a etapa quando estava naquele grupo, mas não foi possível. Falta uma etapa e vou lutar para melhorar a classificação."
À entrada para a última etapa, que hoje liga Murtosa a Gondomar ao longo de 84,4 quilómetros, Valeria Valgonen acumula a classificação por pontos com a geral individual, Miryam Nuñez é a melhor trepadora e a Massi-Tactic comanda por equipas. Ao domínio da formação catalã escapa só a geral da juventude, em posse de Marta Carvalho (Extremosul/Hotel Alísios/CA Terras do Arade).
Trocou triatlo pelo ciclismo
Vera Vilaça tem 25 anos e um passado de sucesso no triatlo, mas optou por dedicar-se ao ciclismo. A primeira Volta a Portugal Feminina Cofidis, em 2021, foi o gatilho para a mudança. "Tive um convite para fazer a Volta por uma equipa e pensei que não poderia deixar passar essa oportunidade histórica. Foi assim que me apaixonei pelo ciclismo, numa altura em que algumas lesões no triatlo já não me permitiam treinar corrida como queria", explica a corredora da equipa espanhola Massi-Tactic.
A irmã do triatleta Vasco Vilaça vai na segunda época dedicada ao ciclismo e considera que a opção "tem corrido bem. A primeira época foi boa, fazendo competições em Portugal. Este ano tem sido mais desafiante, com provas de nível mais alto. Mas no meu segundo ano já tive a oportunidade de estar no Mundial, na Vuelta e em outras provas WorldTour."
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