Remco Evenepoel sem rodeios: «Fui verdadeiramente mau»

Evenepoel desiludido após etapa no Tour, onde Vingegaard e Pogacar brilharam nos Pirenéus
• Foto: EPA

Um desiludido Remco Evenepoel assumiu ter vivido um dia "verdadeiramente mau" na , na qual Jonas Vingegaard sente ter tido uma das suas melhores exibições apesar de ser segundo.

"Fui verdadeiramente mau", desabafou o belga da Soudal Quick-Step, visivelmente desanimado após ter sido apenas 12.º classificado na cronoescalada de 10,9 quilómetros entre Loudenvielle e o alto de Peyragudes.

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Campeão mundial e olímpico de contrarrelógio, Evenepoel teve uma performance desastrosa, sendo mesmo dobrado por Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), que tinha partido dois minutos depois.

"Já estava a sentir-me mesmo mal antes disso. Ao ritmo que estava a pedalar, era normal que ele me ultrapassasse. Foi um dia muito mau, uma péssima prestação da minha parte. Não quero saber do resto neste momento", resumiu.

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Terceiro classificado da passada edição, o líder da Soudal Quick-Step perdeu hoje 02.39 minutos para o vencedor da etapa, o esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates), de quem já está a 07.24 na geral, e quase saiu do pódio.

Depois de já ter fraquejado na véspera, na primeira etapa pirenaica, o também campeão olímpico de fundo admitiu não fazer ideia do porquê desta nova quebra.

"Espero que não haja uma explicação, que sejam só uns dias como este e que não aconteça amanhã [sábado]. O meu início [de etapa] foi muito bom, mas após cinco minutos sentia-me muito mal e não conseguia ter o poder que devia. Foi uma performance mesmo muito má da minha parte", reiterou.

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Após nova jornada negativa, Evenepoel tem o terceiro lugar da geral em perigo, uma vez que Florian Lipowitz (Red Bull-BORA-hansgrohe) está apenas a seis segundos, após ter sido quarto na cronoescalada atrás do colega esloveno Primoz Roglic.

"Os últimos 50 metros pareceram-me uma eternidade, mas estou verdadeiramente satisfeito com a minha prestação", assumiu.

Estreante no Tour, o alemão de 24 anos só teve palavras de elogio para o seu rival pelo terceiro lugar no pódio final. "O Remco é uma 'superstar', mas temos de nos concentrar em nós. O Primoz também está perto, hoje demonstrou estar bem. Temos de ir dia a dia, mas penso que é bom termos dois corredores bem classificados na geral. Isso dá-nos mais opções nos dias que estão para vir. O Remco é muito forte, é um grande lutador", pontuou Lipowitz.

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Quem também saiu satisfeito da cronoescalada foi Jonas Vingegaard, apesar de ter sido apenas segundo, 39 segundos atrás de Tadej Pogacar, que já lidera a geral com 04.07 minutos de vantagem sobre o dinamarquês. "Acho que posso ficar satisfeito com a minha performance, acho que foi a melhor de sempre, mas o Tadej foi melhor e mereceu ganhar", reconheceu.

Depois de ter perdido mais de dois minutos para o campeão em título na quinta-feira no alto do Hautacam e de não ter falado com jornalistas, o vencedor das edições de 2022 e 2023 -- e 'vice' atrás do esloveno no ano passado e em 2021 -- confessou ter vivido uma etapa "muito dececionante" na véspera.

"Esperava mais, mas no final estava 'vazio'. Ontem [quinta-feira], foi uma das minhas exibições e hoje uma das minhas melhores. É bom recuperar assim. Senti-me muito bem. Conseguir recuperar como fiz hoje é muito bom para nós e estamos muito satisfeitos", sustentou.

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Vingegaard nota que no Hautacam não esteve no seu nível normal, dizendo não ter respostas para a sua quebra. "Para ser honesto, foi o meu segundo dia mau no Tour deste ano e, normalmente, não tenho dias maus. Espero não ter mais", declarou.

Para o dinamarquês da Visma-Lease a Bike, "o Tour está longe de ter acabado". "Temos de continuar a tentar e acreditar que podemos fazer alguma coisa na corrida. Toda a equipa está incrivelmente forte e temos apenas de mostrá-los nos próximos dias", completou.

Segundo da geral, o vencedor em título da Volta ao Algarve garante que ainda confia em si depois de não ter conseguido acompanhar Pogacar na véspera. "Ainda acredito em mim e no meu nível. Hoje, simplesmente voltei ao normal. Tenho de continuar a tentar", rematou.

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A 112.ª Volta a França termina em 27 de julho, em Paris, e no sábado os favoritos enfrentam um novo teste nos 182,6 quilómetros entre Pau e a contagem de categoria especial de Luchon Superbagnères, que culmina uma jornada com subidas ao Tourmalet, Col d'Aspin e Peyresourde.

Por Lusa
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