Ciclista britânico vai acabar em 3.º o Tour'2022 e não deixou de apontar aos críticos
Geraint Thomas venceu a idade e a desconfiança da INEOS para regressar ao pódio do Tour, com o ciclista britânico a defender que demonstrou merecer o terceiro lugar final da 109.ª edição.
"Estou super contente com este pódio. Estão sempre a falar da minha idade, 36 anos, mas penso que é uma questão de estado de espírito, vejam o Alejandro Valverde [de 42 anos]... Quando nos dedicamos de forma profissional, podemos conseguir. É quando perdermos o entusiasmo que temos de virar a página, o que ainda não é o meu caso", argumentou o galês.
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Thomas vai terminar, no domingo, a 109.ª Volta a França no terceiro lugar, atrás dos miúdos Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma) e Tadej Pogacar, que têm, respetivamente, menos 11 e 13 anos do que o ciclista da INEOS. "Demonstrei que tinha o meu lugar no pódio. Esta edição foi muito difícil. Quando vejo como o Pogacar e a Jumbo correram este ano... É a minha 12.ª Volta a França e não me recordo de ter visto o primeiro e segundo da geral sempre na frente, a fundo", elucidou.
O carismático G admitiu que gostaria de "ter atacado com mais frequência", mas não quis fazê-lo apenas "para aparecer na televisão": "Fi-lo na sexta-feira, pelos adeptos, mas não conseguia muito mais". "Os dois à minha frente são de outra geração, são incríveis. O Pogacar pode fazer tudo, é verdadeiramente incrível", elogiou o campeão de 2018 e 'vice' de 2019, atrás do companheiro Egan Bernal.
O regresso ao pódio de Thomas é também uma lição para a INEOS, que o deixou de fora do Tour'2020, protelou a renovação do seu contrato até ao final de dezembro, num braço de ferro para reduzir o papel (e o salário) do galês na equipa, e que o encarou como plano C na sua trilogia de líderes -- ao ponto de, depois do derradeiro dia de descanso e após o flop de Daniel Martínez e o fracasso de Adam Yates, ainda não assumir que ia apostar tudo no veterano.
"Sempre acreditei. Não houve muitas pessoas que o fizessem, para ser honesto. Tive um final de ano [de 2021] incrivelmente duro por diversas razões, mas sempre acreditei que ainda tinha pernas para fazer algo. Com estes dois [Vingegaard e Pogacar] à minha frente, não havia muito que pudesse fazer, mas é bom ser o melhor do resto", tinha assumido há dias numa entrevista ao site especializado Velonews, na qual reconheceu que a INEOS não partilhava o mesmo nível de crença quanto às suas possibilidades nesta edição.
Já em fevereiro, em entrevista à agência Lusa, G tinha apontado a presença no Tour como o seu principal objetivo para esta temporada, embora ressalvando não saber se seria um dos líderes da formação britânica.
Menosprezado pela equipa, pelos adeptos, e talvez até pelos seus adversários, Thomas afirmou-se, nesta Volta a França, como o segundo ciclista mais constante das últimas cinco edições da Grande Boucle, atrás apenas de Pogi - o bicampeão que será no domingo destronado -, subindo ao pódio em três ocasiões, todas elas em degraus diferentes.
"No próximo ano talvez seja o último do pelotão, tenho contrato até ao final [da época]. Na equipa, há outros mais jovens como Egan Bernal ou Tom Pidcock, que têm um grande futuro, mas uma coisa é correr para ganhar uma etapa, outra é para ganhar o Tour", diferenciou.
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