Português da Movistar diz-se orgulhoso por ter terminado
Nelson Oliveira mostrou-se orgulhoso por ter completado a sua 22.ª grande Volta, lamentando não ter conseguido integrar uma fuga bem-sucedida num Tour "mentalmente muito duro" e em que a terceira semana se tornou demasiado longa para os ciclistas.
"É um orgulho, sem dúvida. Afinal, são 22 grandes Voltas completadas e isso para mim quer dizer muito. É sinal de todo o trabalho que tenho vindo a fazer durante todos estes anos. E é sinal de consistência e de não ter tido nenhum azar que pudesse fazer-me abandonar", salientou.
Em declarações à agência Lusa, o ciclista português com mais presenças nas três 'grandes' resumiu o seu Tour como não tendo sido "nem bom, nem mau". "Ou seja, acho que o balanço é positivo, já que cheguei mais uma vez a Paris. Infelizmente, gostava de ter dado um bocadinho mais ou ter um resultado melhor neste Tour. Para a equipa, também não correu como desejávamos. Fomos protagonistas, tentámos vencer uma etapa com qualquer um de nós, mas, infelizmente, faltou-nos a vitória. Mas saímos daqui de cabeça erguida, fizemos o que estava ao nosso alcance para demonstrar o nosso valor", vincou.
'Capitão' da Movistar, que perdeu o seu líder Enric Mas quando já estava afastado da luta pela geral, o bairradino de 36 anos teve a oportunidade de tentar entrar numa fuga, mas não conseguiu. "Este Tour foi, para mim, provavelmente um dos mais duros. Para mim e acho que para todos os ciclistas, porque foi bastante rápido. Neste Tour, era muito difícil estar numa fuga. Muitas das fugas que se deram, tinhas de estar no sítio certo, à hora certa. Tinhas de ter um bocadinho de sorte. Isso, infelizmente, não se deu, não foi por falta de tentativa", lamentou.
Após cumprir a sua nona participação na Grande Boucle, e referindo-se ao cansaço manifestado pelo tetracampeão Tadej Pogacar (UAE Emirates), que repetiu por diversas vezes que estava desejoso de ir para casa, 'Nelsinho' definiu esta edição como "mentalmente muito dura". "Estamos todos cansados, foi dos mais duros pela velocidade e pelo stress vivido todos os dias. Digo já que não foi fácil. A última semana fez-se muito longa. Em outros Tour, houve aqueles dias de sprint em que íamos tranquilos até à falta de 30/40 quilómetros e aqui não se passou. Mentalmente, acho que isso acaba por nos consumir um bocadinho", justificou sobre uma Volta a França na qual foi batido o recorde médio de velocidade (42,849 km/h).
Para o corredor da Movistar, o seu pior momento nesta edição foi na penúltima etapa. "Já não tinha muito para dar e foi uma etapa bastante exigente e foi sofrer do início ao final. Essa é a verdade. O melhor momento, sem dúvida cruzar a meta em Paris", enumerou à Lusa a partir da capital francesa.
Único português a chegar aos Campos Elísios -- foi 74.º -, Oliveira falou ainda do compatriota João Almeida (UAE Emirates), que abandonou a prova durante a nona etapa, após ter fraturado uma costela numa queda dois dias antes. "Dadas as circunstâncias, o João tinha tudo para estar na luta pelo pódio. Se ele estivesse, o Pogacar também ia estar muito mais tranquilo. Taticamente, ia poder jogar muito melhor", analisou o experiente ciclista luso.
Agora, o recordista nacional de grandes Voltas vai ter uns dias de descanso, antes de começar a preparar-se para a sua 23.ª, que começa em 23 de agosto. "No plano está ir à Volta a Espanha. Resta-me descansar, ver como o corpo recupera deste Tour. Estou curioso para ver como a recuperação vai ser. Espero que corra tudo bem", concluiu.
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