Organização explicou que foi confrontada "com um novo público", com o qual não contava
A organização da Volta a França vai procurar soluções para evitar incidentes com motos nas subidas, como os que aconteceram nesta edição, indicou esta quinta-feira o diretor técnico da prova à agência France-Presse.
Depois de, no sábado, duas motos terem impedido um ataque de Tadej Pogacar (UAE Emirates) no alto de Joux Plane, na quarta-feira registaram-se novos incidentes, nomeadamente um no qual ficou envolvido o camisola amarela Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), que teve de parar quando subia o Col de la Loze porque uma moto ficou bloqueada pelo público, numa parte da ascensão com grande inclinação.
A moto em causa levava Thomas Voeckler, selecionador francês e comentador da France Télévisions, que foi excluído, juntamente com o seu motard, da etapa de hoje pelo colégio de comissários.
"Fomos confrontados com um novo público, com o qual não contávamos. Deverá ser o efeito Netflix [mais concretamente da série "Tour de France: No coração do pelotão"] ou da intensidade do duelo Pogacar-Vingegaard, mas estamos um pouco sem recursos. Antes, tínhamos pontos complicados, como o Alpe d'Huez, ou o Ventoux. Mas, agora, é em todo o lado", justificou Thierry Gouvenou.
O diretor técnico da Volta a França reconheceu que a organização terá de encontrar soluções, entre as quais poderá estar a redução da caravana (veículos na corrida) do Tour.
Thibaut Pinot (Groupama-FDJ), um dos principais nomes do ciclismo francês e 12.º da geral, criticou fortemente a direção no 'Grande Boucle' na quarta-feira, após quase ter caído por culpa das motos.
"É uma vergonha. Fiquei bloqueado pelo menos 30 segundos, tinha motos que quase me caíam em cima", disse, depois de ter tido de pôr o pé no chão no Col de la Loze.
Algumas motos acabaram por cair devido às pendentes 'proibitivas' da parte final da subida, que incluíam inclinações de 24%.
"Deixámos passar os veículos quando havia apenas 15 segundos entre os grupos, há coisas que não entendo", acrescentou Pinot.
Desde o início da 110.ª Volta a França, em 01 de julho, em Bilbau (Espanha), numerosos ciclistas e responsáveis da prova deram conta da existência de um público mais jovem, mas também mais desrespeitador e, por vezes, alcoolizado, na estrada. Nesta edição, várias quedas/incidentes foram provocadas por espetadores, que não respeitaram a distância para os ciclistas.
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