 
Última etapa não chegou a Madrid devido aos protestos
O diretor da Vuelta condenou esta segunda-feira a atitude "totalmente inaceitável" dos manifestantes pró-Palestina que no domingo obrigaram ao cancelamento da última etapa da 80.ª edição, responsabilizando a União Ciclista Internacional pela manutenção em prova da Israel-Premier Tech.
"Lamento e condeno o que ocorreu na última etapa da Volta a Espanha. As imagens falam por si. É totalmente inaceitável aquilo que aconteceu, especialmente no circuito. Não se retira nada de bom disso. Lamento a imagem que passámos, não se pode repetir", defendeu Javier Guillén.
No domingo, milhares de manifestantes pró-Palestina invadiram o circuito final da 21.ª e última etapa da prova espanhola e 'travaram' o pelotão a 56 quilómetros da meta, em protesto contra a presença da equipa Israel-Premier Tech.
A organização anulou a tirada e decidiu cancelar as cerimónias protocolares por "motivos de segurança", privando João Almeida (UAE Emirates) de festejar oficialmente o segundo lugar na geral, atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), e o facto de ter igualado o melhor resultado de sempre de um português numa grande Volta, 'imitando' Joaquim Agostinho, que foi 'vice' na Vuelta em 1974.
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Em conferência de imprensa, o diretor da Volta a Espanha, que arrancou em 23 de agosto, em Turim (Itália), e terminou de forma tumultuosa no domingo, em Madrid, revelou que a organização abordou a União Ciclista Internacional (UCI) após a 11.ª tirada, quando manifestantes obrigaram à neutralização da etapa, que ficou sem vencedor, a três quilómetros da meta instalada em Bilbau.
"Falámos com a UCI para analisar os acontecimentos, pedimos que tomassem uma posição e [a federação internacional] fez um comunicado que manter a Israel-Premier Tech em prova. Guiámo-nos pelos seus regulamentos. [...] Mantivemo-nos neutros. Informámos que havia um problema e desde a UCI decidiram o que era para fazer", resumiu.
Guillén lembrou que a equipa israelita também foi instada a abandonar a prova, mas recusou.
"O ciclismo é uma modalidade vulnerável, mas espero que não haja um efeito de contágio. Não sei o que acontecerá no futuro, mas trabalharemos para levar a Vuelta para a frente", prometeu.
O diretor da prova espanhola recordou que a próxima edição da Volta a França sairá de Barcelona, convidando "as instituições e o ciclismo a tomar decisões".
"A Vuelta foi um elemento para parar e refletir. Daqui até ao Tour, oxalá esteja tudo resolvido, inclusive o conflito em Gaza", declarou.
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