Rui Duarte, presidente da Associação de Setas do Oeste, e Nelson Fernandes, vice-presidente, revelaram que a reativação da entidade federativa está "na fase burocrática", mas garantiram que vai ser uma realidade para "organizar e regulamentar a modalidade" em Portugal.
À margem do primeiro Open UFC Os Pastilhas, na Cova da Piedade, os dois entusiastas do desporto que "tem ganho cada vez mais visibilidade" através dos resultados de José de Sousa, destacaram o potencial dos jogadores portugueses e do país para, eventualmente, acolher eventos internacionais.
"O que aconteceu com o José de Sousa não tem de acontecer só com ele. Veio impulsionar alguns talentos que estavam 'adormecidos'. Há muito talento nos jogadores portugueses, mas muitas vezes as condições para que possam crescer e evoluir não são as mais favoráveis", lamentaram os dirigentes associativos.
Nesse sentido, acrescentaram, "a FPS tem mesmo de se organizar".
"O interesse na modalidade é crescente, pelo que faz todo o sentido o projeto federativo ser retomado neste momento para impulsionar a evolução das setas", assumiu Rui Duarte.
Atualmente, a modalidade, em Portugal, vive das atividades de algumas associações dispersas, nomeadamente as Associações de Setas do Porto, de Aveiro, da Zona Oeste, do Ribatejo, de Lisboa, de Setúbal e do Algarve/Faro.
Em fase de constituição estão as associações de Guimarães, Braga, Castelo Branco e Beja.
Cada associação promove as suas atividades e torneios a nível regional, qualificando um determinado número de jogadores para uma final nacional, que não se realizou nos últimos dois anos, devido à pandemia de covid-19.
Mas a sua integração numa federação ajudará a aumentar a qualidade das atividades e o "reconhecimento" da modalidade.
"O primeiro passo tem de ser o reconhecimento como uma modalidade desportiva por parte da sociedade", reconheceram os responsáveis, que destacaram, também, a componente económica dos torneios.
"Numa final nacional, por exemplo, juntamos facilmente cerca de 1.500 pessoas, entre jogadores, familiares, amigos, organização. Isso tem um grande impacto nas economias locais", frisou Rui Duarte.
Nas últimas finais nacionais, exemplificou, "a capacidade hoteleira das Caldas da Rainha não chegou para acolher toda a gente" e as pessoas tiveram de espalhar-se "pelos arredores" da cidade.
A Câmara Municipal das Caldas da Rainha, de resto, tem sido uma das primeiras "a reconhecer a modalidade e a sua importância", motivo pelo qual "não tem faltado com todo o apoio possível" à Associação de Setas da Zona Oeste.
Trata-se de uma parceria de sucesso que Rui Duarte e Nelson Fernandes esperam que inspire e encoraje as outras associações para estabelecer parcerias que ajudem a modalidade a crescer "em todo o país".
O crescimento dos dardos em Portugal tem sido impulsionado, nos últimos meses, pelas boas prestações de José de Sousa nos torneios da Professional Darts Corporation.
Em novembro de 2020, tornou-se no primeiro estreante a vencer o Grand Slam da PDC, ao bater o inglês James Wade, na final, por 16-12.
Foi o melhor resultado de sempre de um jogador de dardos português no circuito profissional, a juntar aos triunfos no European Darts Grand Prix, em outubro, e aos Players Championships de Barnsley e Dublin, em 2019.
José de Sousa, de 46 anos, natural da Azambuja, ganhou o cartão de jogador do ProTour em 2019, ano em que deixou de lado a sua profissão de carpinteiro e passou a dedicar-se a tempo inteiro aos dardos.
Atualmente, ocupa o segundo lugar da Ordem de Mérito do ProTour, 'ranking' que mede as prestações dos jogadores do circuito nos últimos 12 meses, e segue em 11.º na Ordem de Mérito da PDC, que avalia as prestações nos últimos dois anos.
As duas tabelas, no entanto, ainda não foram atualizadas com os resultados da Premier Legue, um dos principais torneios da modalidade, que terminou há pouco mais de uma semana, e no qual José de Sousa arrecadou 120 mil libras (quase 140 mil euros) pelo segundo lugar.
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