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Parlamento russo aprova lei que criminaliza coação de atletas para doping

Putin terá agora de dar parecer

• Foto: EPA
O Parlamento russo aprovou esta quinta-feira uma lei que criminaliza treinadores e dirigentes por coagirem atletas a utilizar drogas que reforcem o desempenho desportivo.

A proposta, aprovada por unanimidade, inclui penas de prisão até um ano para treinadores condenados por coagir atletas, especialmente menores de idade, a tomar substâncias ilícitas que melhorem o desempenho desportivo, adiantou hoje a Agence France Presse.

A lei terá agora de ser aprovada pelo senado e pelo presidente, Vladimir Putin.

Dmitry Svishchev, membro do comité de desporto do parlamento russo, revelou à AFP que vai submeter uma segunda proposta de lei para levar a tribunal atletas dopados.

O presidente do Comité Olímpico da Rússia e deputado russo, Alexander Zhukov, considera que a nova lei demonstra a "absoluta intolerância" do governo em relação ao doping.

"É uma resposta aos críticos no estrangeiro que acusaram o nosso país de alegadamente ter um programa estatal de apoio ao doping", acrescentou.

A medida surge quando a Agência Mundial Antidopagem (AMA) se prepara para publicar, até ao final do ano, a segunda parte de um relatório sobre dopagem no desporto russo.

A primeira parte do documento, publicada em julho deste ano, divulgou um programa de dopagem no desporto com apoio estatal colocado em prática durante vários anos, incluindo durante os Jogos Olímpicos de Inverno disputados na cidade russa de Sochi em 2014.

Durante os Jogos Olímpicos de verão Rio2016, 67 atletas foram banidos de participar pelo Comité Olímpico Internacional (COI), e Darya Klishina, do salto em comprimento, como única representante do país no atletismo.

Toda a comitiva paralímpica do país foi banida dos Jogos Paralímpicos deste verão, que também decorreram no Rio de Janeiro.

Moscovo nega a existência do programa de apoio ao doping, com participação ativa do ministério dos Desportos e dos serviços secretos, e tem tomado várias medidas para limpar a imagem do desporto do país, embora os atletas russos continuem impedidos de participar em competições internacionais.
Por Lusa
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