Peru de Natal antecipado para "Figgy" em época memorável

Foto: Filipe Guerra/FPG
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Pedro Figueiredo conquistou o 5.º Torneio do Circuito Aquapor, na Quinta do Peru, o seu sexto título do ano, onde João Pereira foi o melhor amador

Pedro Figueiredo venceu o seu sexto título de 2024 no 5.º Torneio do Circuito Aquapor e encerrou uma das melhores épocas nacionais de sempre, seguramente a sua melhor. 

Foi, de certa forma, uma compensação de uma temporada internacional em que – apesar de ter obtido a sua melhor classificação de sempre num torneio do DP World Tour, com o 5.º posto (-8) no Danish Golf Championship – desceu do DP World Tour para o Challenge Tour, ou seja, caiu da primeira para a segunda divisão europeia. 

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O português de 33 anos conquistou o 5.º Torneio do Circuito Aquapor, que a Federação Portuguesa de Golfe (FPG) organizou no Quinta do Peru Golf & Country Club, com 133 pancadas, 11 abaixo do Par, após voltas de 68 e 65. 

Uma vitória convincente, já que bateu por 5 pancadas um grupo de três jogadores: Tomás Melo Gouveia (67+71), que liderava a prova no final da primeira volta, Pedro Lencart (71+67) e o amador João Pereira (69+69).  

‘Figgy’ recebeu um prémio de 1.700 euros, enquanto o mais novo dos irmãos Melo Gouveia e Lencart embolsaram 1.000 euros cada um. Os amadores, como João Pereira, não têm direito a prémio monetário. 

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Embora nesta temporada Pedro Figueiredo tenha representado a Vanguard, proprietária do campo da Comporta, a verdade é que foi sempre sócio do Quinta do Peru Golf & Country Club, onde treina frequentemente. 

Isso dá-lhe uma enorme vantagem e não é por acaso que este ano venceu nesse percurso de Azeitão (concelho de Sesimbra) três dos quatro torneios em que ali jogou: O Campeonato Nacional Absoluto KIA (-16), de 20 mil euros; o Optilink Tour Championship (-8), do PT Tour, de 15 mil euros; e este 5.º Torneio do Circuito Aquapor, de 7.500 euros em prémios monetários, que contou com 73 participantes, incluindo 16 jogadoras.

"Cresci a jogar na Quinta do Peru. Conheço cada canto do campo, treino lá todos os dias, sinto-me muito confortável com todos os shots porque já os executei milhares de vezes, em termos estratégicos sei para onde devo e não devo jogar e isso dá-me uma vantagem, tanto psicológica, como técnica, quando ali jogo", disse a Record.

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"O campo tem estado espetacular ao longo do ano. Estava parecido em relação ao Campeonato Nacional, mas agora um bocadinho mais molhado por estarmos no outono e não no verão. Apanhámos bastante vento no primeiro dia, mas no segundo já foi bastante mais calmo", acrescentou.

Em 2024, Pedro Figueiredo fez história para o golfe português porque tornou-se no primeiro a vencer, ao longo de uma carreira, o Campeonato Nacional Amador, o antigo Campeonato Nacional de Profissionais e o novo Campeonato Nacional Absoluto, reforçando o seu estatuto de um dos melhores golfistas portugueses de sempre.

Antes de conquistar este ano no "seu campo" o 91.º Campeonato Nacional Absoluto KIA, já averbara anteriormente em 2013, em Vila Sol (Loulé), o então Campeonato Nacional PGA (só para profissionais); e impusera-se ainda no Campeonato Nacional Amador em 2007 e 2008, respetivamente no Ribagolfe e no Montado.

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"Em termos nacionais foi uma época espetacular. Ganhei dois dos três torneios (que jogou) do Circuito Aquapor, o Campeonato Nacional e três dos quatro que joguei no PT Tour. Foram, portanto, seis vitórias em oito torneios jogados. Foi um ano excecional a nível nacional", assinalou.

Com efeito, logo no início da época, triunfou no 1.º NAU Morgado Open (-12), em Portimão. Repetiu a dose no Montado Open (-15), em Palmela, ambos eventos do PT Tour, de 10 mil euros cada um. E depois, lá voltou à Quinta do Peru para triunfar na joia deste circuito internacional português, o Optilink Tour Championship (-8).

No Circuito Aquapor, o mais importante da FPG para jogadores de alto rendimento, foi o melhor no 2.º Torneio (-8), no Ribagolfe Oaks, em Benavente, e agora na 5.ª etapa, a de encerramento, com o Campeonato Nacional Absoluto pelo meio.

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"Não sei qual a minha média de pancadas em território nacional, mas foi bastante baixa e ganhei os torneios sempre com resultados bastante abaixo do Par – sinal de que joguei muito bem nesses torneios", afiançou.

De facto, a média de resultado agregado dos seus seis títulos deste ano é de 10,3 abaixo do Par. E mesmo nos torneios em que não venceu, não esteve nada mal: Foi 3.º (+1) no 1.º Torneio do Circuito Aquapor, no Faldo Course do Amendoeira Golf Resort, em Silves; 4.º (-5) no V PGA Players Championship, da PGA de Portugal, no Oporto Golf Club, em Espinho; 6.º (-3) no Quinta do Peru Open, do PT Tour, em Sesimbra; e 33.º (-3) no Open de Portugal at Royal Óbidos, do Challenge Tour. Portanto, a média de resultados agregados dos poucos torneios que não venceu em Portugal foi de 3,3 abaixo do Par.

Entre torneios do DP World Tour e do Challenge Tour, incluindo a Escola de Qualificação, disputou 21 torneios distribuídos pela Europa, Ásia, África e Médio Oriente. Uma temporada longa que ainda não terminou.

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"A nível nacional foi o último torneio da época, mas vou ainda jogar dois torneios no Brasil: um Pro-Am em São Paulo e depois o Open do São Paulo Golf Club. Já não tinha mais torneios para jogar, fui convidado para jogar estes dois e vou aproveitar a oportunidade. Depois, recomeço em janeiro com dois torneios do PT Tour, no Algarve, antes de ir para a África do Sul jogar os torneios do Challenge Tour, no final de janeiro", informou.

Um 2024 sem dúvida memorável para um dos mais populares golfistas portugueses

Foi sintomático que neste 5.º Torneio do Circuito Aquapor tenha deixado em 2.º lugar (empatados) jogadores como Tomás Melo Gouveia, Pedro Lencart e João Pereira. 

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Tomás Melo Gouveia voltou a ter uma boa época no Challenge Tour, pelo segundo ano seguido. É verdade que não logrou o seu objetivo de ascender ao DP World Tour, mas foi 65.º na Corrida para Maiorca, o ranking da 2.ª divisão europeia, onde colecionou um 5.º lugar (-11) no Open da Bretanha, um 10.º posto (-7) no Open de Portugal at Royal Óbidos, e mais seis top-30. 

Pedro Lencart voltou a mostrar que é um "papa-torneios". Venceu três títulos (só ‘Figgy’ teve mais): no 4.º Torneio do Circuito Aquapor (-7), no Oporto Golf Club; No V PGA Players Championmship (-10), também em Espinho; e no 41.º Open Pro-Am do Clube de Golfe da Ilha Terceira (-3), nos Açores. 

João Pereira foi o melhor amador na Quinta do Peru, com 138 pancadas, 6 abaixo do Par, após voltas de 69 e 69. Entre os amadores, 2.º lugar foi dividido por dois jogadores que empataram no 7.º posto da geral com o profissional Pedro Almeida, todos com um agregado de 2 pancadas abaixo do Par: Diogo Rocha (72+70) e Guilherme Moreira (71+71).  

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É indiscutível que João Pereira, do Clube de Campo da Aroeira, foi um dos animadores da temporada amadora. Já tinha sido o melhor amador no 2.º Torneio do Circuito Aquapor no Ribagolfe Oaks e venceu também a Lisbon Cup, no Lisbon Sports Club, em Sintra.  

Esta vitória na Quinta do Peru foi, assim, o seu terceiro título amador em 2024, numa época em que representou Portugal em Europeus e em que foi convidado para estrear-se no Challenge Tour, no Open de Portugal at Royal Óbidos.

Por Hugo Ribeiro
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