Foi a segunda melhor volta de sempre do n.º1 português em 10 participações no Portugal Masters. E só não igualou as 65 (-6) com que encerrou a sua prestação de 2017 porque no seu último buraco, o 9 do campo, sofreu o seu único bogey do dia.
Ricardo Melo Gouveia mostrou esta quinta-feira que pode realisticamente concretizar «um sonho» de há muito, o de "ganhar o Portugal Masters".
O certo é que, tendo saído do buraco 10, liderava o mais importante torneio de golfe português após nove buracos jogados em 31 pancadas, 5 abaixo do Par.
No entanto, a qualidade da concorrência no DP World Tour, as condições meteorológicas benignas (sem vento e algum calor), e algumas características do campo (como os greens macios e os ‘roughs’ menos penalizadores do que noutros tempos), provocaram uma chuva, não de água como se chegou a prever, mas uma chuva de birdies.
Nada mais, nada menos, do que 86 dos 120 participantes bateram o Par-71 do Dom Pedro Victoria Golf Course e, afinal, as boas 66 pancadas, 5 abaixo do Par, com que Ricardo Melo Gouveia terminou a volta inaugural, deram-lhe o 14.º lugar, empatado com mais 14 jogadores, entre os quais o alemão Yannik Paul, o campeão em Maiorca na semana passada.
O líder é o inglês Jordan Smith, que igualou a sua melhor volta de sempre no DP World Tour, com 62 pancadas (-9).
Foi a segunda melhor volta de sempre do n.º1 português em 10 participações no Portugal Masters. E só não igualou as 65 (-6) com que encerrou a sua prestação de 2017 porque no seu último buraco, o 9 do campo, sofreu o seu único bogey do dia.
O buraco 9 tem-lhe provocado alguns dissabores. Em 2018, na segunda volta, ia lançado e esse 9 voltou a ser o seu derradeiro buraco. Perdeu 3 pancadas e mesmo assim ainda fez 66 (-5). Em 10 Portugal Masters, só fez 4 birdies no 9 e perdeu ali um total de 12 pancadas. Em 2020 sofreu quatro birdies no 9 em quatro voltas e como não jogou o torneio em 2021, isso quer dizer que aquele seu bogey de hoje foi o quinto seguido no buraco 9.
São, contudo, apenas curiosidades estatísticas que em nada mancham Melo Gouveia.
O que há a retirar da sua entrada em prova no primeiro Portugal Masters que joga enquanto pai (e o bebé António andou a acompanhá-lo quase nos 18 buracos todos com a mãe Carolina) são as suas boas saídas, os grandes shots e os putts entusiasmantes que fizeram com que o português de 31 anos tenha considerado ser a sua melhor exibição de sempre do Portugal Masters e a sua melhor volta do ano no DP World Tour.
Mesmo assim, precisa de manter este elevadíssimo nível se quiser atingir o seu principal objetivo que é segurar-se na primeira divisão do golfe profissional europeu. Melo Gouveia está no 120.º posto do Ranking do DP World Tour e tem de ascender a 117.º.
O 16.º posto da semana passada em Maiorca só lhe proporcionou uma subida de dois lugares no ranking, pelo que sabe que só mesmo um top-10 esta semana deverá ser suficiente para garantir-lhe o “cartão”.
Ricardo Santos está numa situação parecida, mas, para ele, é ainda mais difícil. Sendo o 160.º classificado na hierarquia europeia, provavelmente só um top-5 ou até mesmo um top-3 poderão levá-lo ao top-117 do ranking.
Apesar de ter jogado bem, o algarvio de 40 anos foi traído pelo putt, falhando quatro de menos de dois metros, e as 69 pancadas, 2 abaixo do Par, da sua primeira volta colocam-no no grupo dos 57.º classificados, mesmo “à queima” do cut provisório.
Quem conseguiu uma boa volta foi Tomás Bessa, empatado no 29.º lugar, com 67 (-4). Em três participações no torneio de Vilamoura, arrancou a sua melhor volta de sempre, sendo também a quarta em que bate o Par do campo desenhado por Arnold Palmer.
O seu bom jogo comprido sublimou-se nestas condições de jogo. Recuperou de um nervosismo inicial e de um bogey no buraco 3, para arrancar depois cinco birdies.
Em relação aos outros cinco portugueses, Tomás Melo Gouveia está a apenas uma pancada do cut, com 70 (-1), no 74.º lugar (empatado), e o próprio admitiu que jogou bem e sente-se motivado pela proeza do irmão mais velho.
Pelo contrário, Pedro Figueiredo, em 87.º (empatado) ressentiu-se do seu problema crónico das pancadas de saída e ficou desapontado pelo resultado de 71 (Par), mas acredita numa grande segunda volta para passar o cut.
Pedro Lencart, com 72 (+1), no grupo dos 100.º posicionados, sabe que só mesmo uma volta excecional poderá levá-lo ao fim de semana.
Finalmente, Vítor Lopes e o amador Hugo Camelo, com 74 (+3), empatados em 112.º, têm a noção de que a sua situação é muito difícil e só algo de verdadeiramente extraordinário irá impedi-los de serem eliminados.
O 16.º Portugal Masters está dotado de dois milhões de euros em prémios monetários e amanhã (sexta-feira) disputa-se a segunda volta, a partir das 8h00, com saídas simultâneas de dois buracos.
Jordan Smith comanda com 62 (-9), dispondo de uma vantagem mínima de uma pancada sobre o neerlandês Joost Luiten e o dinamarquês Jeff Winther.
O líder é uma das estrelas do DP World Tour, ocupando a 14.ª posição do ranking europeu, graças a oito top-10, incluindo dois 2.º lugares. Tem um título na primeira divisão europeia, conquistado no Porsche European Open em 2017.
A sua ascensão passou por Portugal. Em 2016 foi o vencedor da ordem de mérito do Algarve Pro Golf Tour, o circuito satélite que evoluiu para o atual PT Tour. Conquistou dois troféus em Portugal e dois vice-campeonatos, mesmo antes de entrar no Challenge Tour.
Nesse ano de 2016, somou dois títulos da segunda divisão europeia (num deles deixou Filipe Lima no 2.º lugar) e sucedeu a Ricardo Melo Gouveia na lista de n.º1 do ranking do Challenge Tour.
Jordan Smith gosta mesmo de jogar em Portugal e será um perigo esta semana.
«Qualquer coisa como a volta de hoje deixa qualquer um nas nuvens. Estou mesmo contente pela forma como joguei, até porque estou a recuperar de uma gripe e já se sabe que é preciso ter cuidado com o golfista lesionado», disse o inglês de 29 anos.
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