Tomás Silva está de volta

Campeão nacional esteve mais de um mês parado

Tomás Silva iniciou o seu ano competitivo de 2019 com um 12.º lugar no 1.º Boavista Classic, o torneio de 10 mil euros em prémios monetários, referente ao 2.º Swing do Portugal Pro Golf Tour, circuito sancionado pela PGA de Portugal, Federação Portuguesa de Golfe e pelo britânico Jamega Pro Golf Tour.

O campeão nacional não competia há cerca de um mês e meio e foi o melhor dos oito portugueses que disputaram este torneio no Boavista Golf & Spa Resort, no Algarve, entre um total de 58 participantes.

«Considero que ainda estou em pré-temporada», disse Tomás Silva à Tee Times Golf, em exclusivo para Record, dado estar em 2019 a apontar mais para o Alps Tour e o Challenge Tour, respetivamente as terceira e segunda divisões do golfe profissional europeu.

O jogador do Team Portugal totalizou 142 pancadas, a Par do campo, após voltas de 73 e 69, o mesmo resultado do coreano Chang He Min, recebendo cada um 362 euros de prémio.

«Estiveram dois dias de muito vento, o que dificultou a nossa tarefa. Onde senti maior dificuldade foi realmente a tentar manter o equilíbrio do putter no green», disse Tomás Silva, cuja opinião foi corroborada pelo vencedor, o inglês Will Enefer. «Nestas condições o Par em alguns buracos já era bom e o importante era controlar a bola», comentou à Forum TV.

Em contrapartida, Tomás Silva sublinhou que «o campo estava em boas condições, com exceção de um ou outro green que estava mais castigado. Mas no geral estava bastante agradável de se jogar».

«No cômputo geral acho que foi um início positivo. Obviamente, não estou agradado com um 12° lugar, mas tendo em conta que foi a primeira volta competitiva em mais de um mês de paragem, considero-o positivo», avaliou.

«Este foi o meu primeiro torneio do ano. Senti-me bem nas saídas, mas menos confortável com os ferros curtos nas mãos. Estava confiante com o jogo curto e deixei-me umas três ou quatro vezes com putts curtos, mas dos lados errados da bandeira e com ventos perigosos. Acabei por falhar alguns putts curtos», reconheceu.

O profissional do Club de Golf do Estoril tem jogado poucas provas do Portugal Pro Golf Tour de 2018/2019, registando desde novembro um 8.º e um 14.º lugares, nos 2.º e 1.º Pinheiros Altos Classic, respetivamente. Daí que tenha terminado o 3.º Swing no 38.º lugar.

O campeão nacional só jogou duas das três provas do 4.º Swing que terminou depois do 5.º Palmares Classic. Foi 12.º neste Boavista Classic e 36.º (+8) no 5.º Palmares Classic. Não são classificações que lhe agradem, mas sabe que é preciso paciência e dar tempo ao tempo.

«Após a Escola de Qualificação do Alps Tour (no fina do ano passado) tive umas semanas complicadas a nível familiar e não consegui seguir o plano que tinha traçado, que seria apostar forte no ginásio. Trabalhei nessa parte mas não com a intensidade que gostaria de ter trabalhado. E depois, já no início do ano, juntamente com o Steve (o treinador), focamo-nos em trabalhar nos aspetos menos bons do jogo e a corrigir alguns aspetos técnicos».

O Portugal Pro Golf Tour está, assim, a ser encarado como pré-temporada, como balão de ensaio. O importante é estar em melhor forma no final do mês de fevereiro.

«Este ano vou conciliar Alps Tour e o Challenge Tour. Viajo para o Egito no dia 16 de fevereiro para iniciar o Alps Tour, com dois torneios. E visto que o Challenge Tour só começa em maio, vou jogar o máximo de torneios do Alps Tour e tentar garantir um bom lugar no ranking. Através do Team Portugal tenho novamente entrada em alguns torneios do Challenge Tour e vamos tentar escolher os campos e as alturas do ano que mais se adequarem», explicou o jogador da Nike.

O Boavista Classic apresentou um bom nível de participantes e, pela primeira vez nesta época de 2018/2019 nenhum português conseguiu terminar no top-10. Pena que Paul Lawrie, o vencedor de um Major em 1999, tenha desistido à última hora por incapacidade física, depois de até ter ajudado a promoção do evento com algumas entrevistas.

«Penso que nos últimos torneios já se viu uma melhoria do "field". É normal. Alguns jogadores aqui presentes andam no Challenge Tour ou nos satelite tours e os primeiros torneios aproximam-se. É sempre bom ter muita competitividade», referiu Tomás Silva.

O inglês Will Enefer, já com cinco top-10 nos dois últimos anos no PGA EuroPro Tour, conquistou no Algarve um dos mais importantes títulos da sua carreira com o bom resultado de 134 pancadas, 8 abaixo do Par, após voltas de 66 e 68, que valeu-lhe o cheque de dois mil euros. Enefer superou por 1 pancada o seu compatriota Marco Penge (70+65)

Os resultados e classificações dos portugueses no Boavista Classic foram os seguintes, com destaque para a segunda volta de Alexandre Abreu (-3), o melhor cartão dos oito portugueses em dois dias:

12.º (empatado) Tomás Silva, 142 (73+69), Par, €362

16.º (empatado) Miguel Gaspar, 145 (70+75), +3

20.º (empatado) Alexandre Abreu, 147 (79+68), +5

20.º (empatado) Tiago Rodrigues, 147 (75+72), +5

26.º (empatado) Hugo Santos, 148 (72+76), +6

29.º (empatado) João Ramos, 149 (73+76), +7

29.º (empatado) Mikael Carvalho, 149 (73+76), +7

38.º (empatado) Pedro Almeida, 153 (76+77), +11

 
Autor: Hugo Ribeiro/Tee Times Golf
Deixe o seu comentário
Subscreva a newsletter

e receba as noticias em primeira mão

Ultimas de Golfe

Notícias