17 dezembro 2019 - 21:15
Três portugueses apostam no Alps Tour Golf
Tomás Bessa, Tomás Silva e Tiago Cruz vêm de sagrar-se vice-campeões em torneio do Portugal Pro Golf Tour

Três portugueses iniciam nesta quinta-feira a Final da Escola de Qualificação do Alps Tour Golf, uma das terceiras divisões do golfe profissional europeu, com vista à época de 2020.
A Final da Escola decorrerá durante três dias, até Sábado, no La Cala Resort, nos arredores de Málaga em Espanha, nos campos Asia e America.
Um total de 219 jogadores compete com objetivo de obter um lugar no top-35, para garantir a Categoria-6, que dará direito a participar em todas as provas de 2020 deste circuito que passa por França, Itália, Espanha e Egito.
No final da temporada de 2020, os cinco primeiros da Ordem de Mérito recebem o cartão para competirem em 2021 no Challenge Tour, a segunda divisão europeia.
É esse o trajeto que pretendem seguir Tomás Bessa, Tiago Cruz e Tomás Silva e o primeiro passo consistirá em serem bem-sucedidos nesta Final da Escola de Qualificação.
Jorge Santos, um português residente em França, treinador de profissão, também tentou a sua sorte na Primeira Fase da Escola, mas não integrou o lote de 75 jogadores que se apuraram para a Final. Bessa, Cruz e Silva acederam diretamente à Final sem necessitarem da Primeira Fase.
Em contrapartida, o trio nacional optou por preparar-se da melhor maneira no Portugal Pro Golf Tour (PPGT), o circuito satélite internacional, organizado por José Correia e Gary Harris e sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe, PGA de Portugal e pelo circuito britânico Jamega Pro Golf Tour.
O Segundo Swing do PPGT, composto por mais uma série de três torneios de 10 mil euros em prémios monetários cada um, todos realizados no Algarve, foi mais uma oportunidade para os golfistas portugueses brilharem e a verdade é que todos esses torneios tiveram vice-campeões portugueses.
No Pinheiros Altos Classic foram Tomás Bessa e Hugo Santos que partilharam o 2.º lugar. No caso de Tomás Bessa foi a terceira vez em torneios do PPGT de 2019/2020, razão pela qual assumiu o comando da Ordem de Mérito deste circuito.
"Para mim estes torneios são como uma pré-temporada. Vou jogar a Final da Escola do Alps Tour e será essa a minha prioridade para 2020", declarou Tomás Bessa à Tee Times Golf em exclusivo para Record.
No San Lorenzo Classic foi Tomás Silva o 2.º classificado. "Para 2020 tracei objetivos ligados ao Alps Tour. Se tiver oportunidade vou querer jogar alguns torneios do Challenge Tour, mas vou estar cem por cento focado no Alps Tour. Julgo que será dessa maneira que chegarei ao Challenge Tour em 2021", disse o bicampeão nacional ao programa "Golf Report" da SIC Notícias, durante a apresentação do Open de Portugal at Royal Óbidos.
Finalmente, no Pinheiros Altos Open – que deveria ter sido de três dias, mas foi reduzido a duas voltas devido ao mau tempo –, foi a vez de Tiago Cruz terminar logo depois do campeão.
"Encarei estes torneios de novembro e dezembro do PPGT mais como preparação para a Escola do Alps Tour. Quero ter uma boa categoria para poder ter um bom calendário para o ano e se tiver a sorte de receber convites do Challenge irei conciliar as duas coisas. Os torneios do PPGT do próximo ano serão uma mais-valia para pôr-me pronto para o início do Alps Tour", sublinhou, por seu lado, Tiago Cruz, à Tee Times Golf para Record.
"O PPGT é muito bom para nós portugueses, porque estamos a jogar em casa e não temos tantas despesas. Outro aspeto é podermos ganhar ritmo competitivo e podermos entrar a cem por cento no Alps Tour e no Challenge Tour. Outra vertente é que se os torneios correrem-nos bem, poderemos amealhar algum dinheiro para investirmos noutros torneios ao longo da época", acrescentou Cruz, um antigo bicampeão nacional.
Para além destes quatro jogadores, houve mais dois profissionais que obtiveram classificações de top-10 nestes três torneios – Miguel Gaspar e Vítor Lopes –, mas quem merece especial destaque é um amador de 17 anos, Daniel da Costa Rodrigues, que estreou-se no PPGT com duas voltas consecutivas abaixo do Par para um primeiro top-10. O vencedor do Campeonato Internacional Amador de Portugal deste ano já tinha mostrado que tem nível para desafiar os profissionais quando, em setembro, passou o cut no Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, um torneio do Challenge Tour.
O Segundo Swing do PPGT teve a curiosidade de coroar o inglês Gary King nos dois últimos torneios e em ambos os casos com o bom resultado de 12 abaixo do Par em 36 buracos. Gary King é o primeiro jogador a vencer dois torneios do PPGT de 2019-2020. O primeiro torneio do Segundo Swing foi ganho pelo escocês Ryan Lumsden.
Ryan Lumsden tornou-se profissional há pouco tempo. Este ano ainda jogou como amador o campeonato universitário nos Estados Unidos, onde ganhou dois torneios e mereceu o galardão com o nome do lendário Byron Nelson, tornando-se no primeiro escocês a receber tamanha distinção. Em 2018, também como amador, Ryan cometeu a proeza de passar a fase de qualificação do US Open. É mais um craque a usar o PPGT como rampa de lançamento da carreira profissional e tem a curiosidade de ter nascido em Inglaterra e viver nos arredores de Londres, mas preferir representar a Escócia em honra dos avós.
Gary King é já um profissional bem mais conceituado e aos 29 anos conta com vitórias no Challenge Tour, PGA EuroPro Tour e Mena Tour, para além destes dois títulos algarvios no PPGT em 2019 e outro que alcançara no Penina em 2018.
Os resultados dos campeões e também dos portugueses que conseguiram alinhar top-10’s no Segundo Swing do PPGT foram os seguintes:
Pinheiros Altos Classic, nos percursos Pines e Corks, com 46 jogadores, 8 portugueses, 1 dos quais amador:
1.º Ryan Lumsden (Escócia), 135 pancadas (voltas de 68 e 67), 9 abaixo do Par.
2.º (empatado com outros dois jogadores) Tomás Bessa (Portugal), 138 (72+66), -6.
2.º (empatado com outros dois jogadores) Hugo Santos (Portugal), 138 (71+67), -6.
6.º (empatado com outros dois jogadores) Tomás Silva (Portugal), 139 (69+70), -5.
San Lorenzo Classic, no San Lorenzo Golf Course, com 49 jogadores, 10 portugueses, 1 dos quais amador:
1.º Gary King (Inglaterra), 132 (63+69), -12.
2.º Tomás Silva (Portugal), 135 (66+69), -9.
5.º (empatado com outros dois jogadores) Miguel Gaspar (Portugal), 141 (69+72), -3.
Pinheiros Altos Open, nos percursos Pines e Corks, com 39 jogadores, 14 portugueses, dos quais 3 amadores (incluindo Sara Gouveia):
1.º Gary King (Inglaterra), 132 (66+66), -12.
2.º (empatado com outro jogador) Tiago Cruz (Portugal), 136 (65+71), -8.
5.º Tomás Silva (Portugal), 139 (71+68), -5.
6.º (empatado com outros dois jogadores), Daniel da Costa Rodrigues (Portugal), 140 (70+70), -4.
10.º (empatado com outro jogador) Vítor Lopes (Portugal), 142 (68+74), -2.
Hugo Ribeiro / Tee Times Golf em exclusivo para Record
Por Hugo Ribeiro
A Final da Escola decorrerá durante três dias, até Sábado, no La Cala Resort, nos arredores de Málaga em Espanha, nos campos Asia e America.
No final da temporada de 2020, os cinco primeiros da Ordem de Mérito recebem o cartão para competirem em 2021 no Challenge Tour, a segunda divisão europeia.
É esse o trajeto que pretendem seguir Tomás Bessa, Tiago Cruz e Tomás Silva e o primeiro passo consistirá em serem bem-sucedidos nesta Final da Escola de Qualificação.
Jorge Santos, um português residente em França, treinador de profissão, também tentou a sua sorte na Primeira Fase da Escola, mas não integrou o lote de 75 jogadores que se apuraram para a Final. Bessa, Cruz e Silva acederam diretamente à Final sem necessitarem da Primeira Fase.
Em contrapartida, o trio nacional optou por preparar-se da melhor maneira no Portugal Pro Golf Tour (PPGT), o circuito satélite internacional, organizado por José Correia e Gary Harris e sancionado pela Federação Portuguesa de Golfe, PGA de Portugal e pelo circuito britânico Jamega Pro Golf Tour.
O Segundo Swing do PPGT, composto por mais uma série de três torneios de 10 mil euros em prémios monetários cada um, todos realizados no Algarve, foi mais uma oportunidade para os golfistas portugueses brilharem e a verdade é que todos esses torneios tiveram vice-campeões portugueses.
No Pinheiros Altos Classic foram Tomás Bessa e Hugo Santos que partilharam o 2.º lugar. No caso de Tomás Bessa foi a terceira vez em torneios do PPGT de 2019/2020, razão pela qual assumiu o comando da Ordem de Mérito deste circuito.
No San Lorenzo Classic foi Tomás Silva o 2.º classificado. "Para 2020 tracei objetivos ligados ao Alps Tour. Se tiver oportunidade vou querer jogar alguns torneios do Challenge Tour, mas vou estar cem por cento focado no Alps Tour. Julgo que será dessa maneira que chegarei ao Challenge Tour em 2021", disse o bicampeão nacional ao programa "Golf Report" da SIC Notícias, durante a apresentação do Open de Portugal at Royal Óbidos.
Finalmente, no Pinheiros Altos Open – que deveria ter sido de três dias, mas foi reduzido a duas voltas devido ao mau tempo –, foi a vez de Tiago Cruz terminar logo depois do campeão.
"Encarei estes torneios de novembro e dezembro do PPGT mais como preparação para a Escola do Alps Tour. Quero ter uma boa categoria para poder ter um bom calendário para o ano e se tiver a sorte de receber convites do Challenge irei conciliar as duas coisas. Os torneios do PPGT do próximo ano serão uma mais-valia para pôr-me pronto para o início do Alps Tour", sublinhou, por seu lado, Tiago Cruz, à Tee Times Golf para Record.
"O PPGT é muito bom para nós portugueses, porque estamos a jogar em casa e não temos tantas despesas. Outro aspeto é podermos ganhar ritmo competitivo e podermos entrar a cem por cento no Alps Tour e no Challenge Tour. Outra vertente é que se os torneios correrem-nos bem, poderemos amealhar algum dinheiro para investirmos noutros torneios ao longo da época", acrescentou Cruz, um antigo bicampeão nacional.
Para além destes quatro jogadores, houve mais dois profissionais que obtiveram classificações de top-10 nestes três torneios – Miguel Gaspar e Vítor Lopes –, mas quem merece especial destaque é um amador de 17 anos, Daniel da Costa Rodrigues, que estreou-se no PPGT com duas voltas consecutivas abaixo do Par para um primeiro top-10. O vencedor do Campeonato Internacional Amador de Portugal deste ano já tinha mostrado que tem nível para desafiar os profissionais quando, em setembro, passou o cut no Open de Portugal @ Morgado Golf Resort, um torneio do Challenge Tour.
O Segundo Swing do PPGT teve a curiosidade de coroar o inglês Gary King nos dois últimos torneios e em ambos os casos com o bom resultado de 12 abaixo do Par em 36 buracos. Gary King é o primeiro jogador a vencer dois torneios do PPGT de 2019-2020. O primeiro torneio do Segundo Swing foi ganho pelo escocês Ryan Lumsden.
Ryan Lumsden tornou-se profissional há pouco tempo. Este ano ainda jogou como amador o campeonato universitário nos Estados Unidos, onde ganhou dois torneios e mereceu o galardão com o nome do lendário Byron Nelson, tornando-se no primeiro escocês a receber tamanha distinção. Em 2018, também como amador, Ryan cometeu a proeza de passar a fase de qualificação do US Open. É mais um craque a usar o PPGT como rampa de lançamento da carreira profissional e tem a curiosidade de ter nascido em Inglaterra e viver nos arredores de Londres, mas preferir representar a Escócia em honra dos avós.
Gary King é já um profissional bem mais conceituado e aos 29 anos conta com vitórias no Challenge Tour, PGA EuroPro Tour e Mena Tour, para além destes dois títulos algarvios no PPGT em 2019 e outro que alcançara no Penina em 2018.
Os resultados dos campeões e também dos portugueses que conseguiram alinhar top-10’s no Segundo Swing do PPGT foram os seguintes:
Pinheiros Altos Classic, nos percursos Pines e Corks, com 46 jogadores, 8 portugueses, 1 dos quais amador:
1.º Ryan Lumsden (Escócia), 135 pancadas (voltas de 68 e 67), 9 abaixo do Par.
2.º (empatado com outros dois jogadores) Tomás Bessa (Portugal), 138 (72+66), -6.
2.º (empatado com outros dois jogadores) Hugo Santos (Portugal), 138 (71+67), -6.
6.º (empatado com outros dois jogadores) Tomás Silva (Portugal), 139 (69+70), -5.
San Lorenzo Classic, no San Lorenzo Golf Course, com 49 jogadores, 10 portugueses, 1 dos quais amador:
1.º Gary King (Inglaterra), 132 (63+69), -12.
2.º Tomás Silva (Portugal), 135 (66+69), -9.
5.º (empatado com outros dois jogadores) Miguel Gaspar (Portugal), 141 (69+72), -3.
Pinheiros Altos Open, nos percursos Pines e Corks, com 39 jogadores, 14 portugueses, dos quais 3 amadores (incluindo Sara Gouveia):
1.º Gary King (Inglaterra), 132 (66+66), -12.
2.º (empatado com outro jogador) Tiago Cruz (Portugal), 136 (65+71), -8.
5.º Tomás Silva (Portugal), 139 (71+68), -5.
6.º (empatado com outros dois jogadores), Daniel da Costa Rodrigues (Portugal), 140 (70+70), -4.
10.º (empatado com outro jogador) Vítor Lopes (Portugal), 142 (68+74), -2.
Hugo Ribeiro / Tee Times Golf em exclusivo para Record