Patrícia Sampaio e Diogo Ribeiro querem mais apoio para o olimpismo nacional

• Foto: Pedro Ferreira

A judoca Patrícia Sampaio- líder do ranking mundial nos -78 kg e bronze em Paris'2024- e o nadador Diogo Ribeiro estiveram presentes na conferência "Novos Ciclos dos Campeões", organizada pela Rádio Renascença, onde debateram o estado atual do desporto em Portugal e apresentaram as suas perspetivas quanto ao próximo ciclo olímpico, até Los Angeles'2028. "Estamos muito esperançosos e com muito interesse em ver como serão os próximos anos e o próximo ciclo", referiram.

Os atletas apontaram que um dos principais problemas é a falta de apoios na base da carreira desportiva. "Acho que falo por todos, quando digo que tem de se apostar desde cedo e não só quando as coisas acontecem. Temos de dar os apoios necessários para os atletas conseguirem vingar no seu desporto", alertou o nadador de 20 anos.

Para a judoca de Tomar, outra das preocupações é o estatuto de profissionalização de certas modalidades, que condiciona de forma direta os apoios. "Eu venho de uma situação diferente. O judo não é considerado profissional, então a questão dos apoios é muito complicada. E não falo apenas de apoios monetários, eu não tenho uma boa base de fisioterapia no clube, por exemplo", explicou.

Relativamente à preparação para os próximos Jogos Olímpicos, em Los Angeles, ambos têm um objetivo muito claro, as medalhas. No entanto, têm consciência de que tudo depende do trabalho. "Querer lá chegar, todos queremos, agora chegar efetivamente... Se é possível? É. Depende é do trabalho, se falha alguma coisa ou não", referiu Diogo Ribeiro. Patrícia foi mais contida na resposta, mas também não escondeu. "Só posso prometer dar o meu melhor, tanto na preparação como na participação. O que vier depois disso, será bem-vindo. Claro que desejo ser campeã olímpica, como já queria em Paris. Não foi possível, mas vou tentar novamente".

Outra das figuras presentes, ainda que à distância, foi Fernando Pimenta. O canoísta olímpico reforçou a importância no investimento a partir da base. "Aquilo que eu espero das novas gestões é que se lembrem da base, da base de qualquer federação, da base do desporto. Os atletas. Continuem a apostar e apostem forte no desporto, isso é muito importante para nós, para mantermos as novas gerações, as gerações vindoras, com possibilidade de continuarem a sonhar, continuarem a seguir as pisadas e o caminho dos seus ídolos, das suas referências, que possam tal como nós lutar por medalhas e muito mais", apelou o duas vezes medalhista olímpico.

João Real

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