Em causa o diferendo com a Associação Internacional de Boxe
O Comité Olímpico Internacional (COI) vai decidir em 2025 se mantém o boxe no programa para os Jogos Los Angeles'2028, numa altura em que a federação internacional da modalidade está suspensa do movimento olímpico, disse o presidente do organismo.
"A nossa posição é muito clara: o COI não organizará boxe em Los Angeles'2028 sem um parceiro de confiança", reforçou Thomas Bach, a dois dias do final dos Jogos Olímpicos Paris'2024.
Com a Associação Internacional de Boxe (IBA) suspensa já desde 2019, por problemas com corrupção e má gestão interna, o COI assumiu a gestão da qualificação para Tóquio'2020 e Paris'2024.
Esta federação é liderada desde 2020 pelo empresário russo Umar Kremlev, que trouxe financiamento sobretudo do gigante do gás Gazprom, não conseguindo regressar ao movimento olímpico, que entretanto lhe retirou por completo o reconhecimento.
O conflito entre as duas partes escalou em Paris'2024 devido a duas lutadoras, a argelina Imane Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting, que a Associação Internacional de Boxe garante serem homens, apesar de nunca revelarem quaisquer provas quanto às atletas, que nasceram mulheres e sempre viveram como mulheres, como reforçou diversas vezes o COI.
Entretanto, a World Boxing surgiu por iniciativa norte-americana e em maio deste ano começou conversas com o COI para assumir a gestão do boxe olímpico, para já sem apoio de muitas federações nacionais, perante as garantias financeiras deixaras pela IBA.
Assim, Thomas Bach 'escalou' o aviso: "Se as federações querem que os seus lutadores ganhem medalhas olímpicas, devem organizar-se numa federação internacional de confiança, com boa governança", reforçou.
Bach tem insistido no que o COI tinha garantido em maio, de que qualquer lutador associado à IBA ficaria excluído de Los Angeles'2028.
Polémica à volta da sexualidade da pugilista argelina mantém-se
Campeã olímpica de boxe vai continuar a suscitar polémica
A escritora e o empresário são identificados na queixa feita por "atos agravados de cyberbullying", confirmou o advogado da pugilista argelina no centro de uma polémica sobre o seu género.
Pugilista que conquistou primeira medalha olímpica de Cabo Verde revela que teve muitas propostas de outras nações depois dos Jogos Olímpicos