É o que na gíria popular se costuma apelidar de 'atirar lenha na fogueira'. Esta sexta-feira, depois de tanta polémica em torno da participação da argelina Imane Khelif nos Jogos Olímpicos, a Associação Internacional de Boxe (IBA) anunciou a decisão de premiar financeiramente a italiana Angela Carini, que foi derrotada pela magrebina nos quartos-de-final de 66 kg, como se tivesse sido campeã olímpica. Desta forma, Carini receberá os 50 mil dólares correspondentes, ao passo que a Federação Italiana e o seu treinador 25 mil cada.

"Não conseguia ver as suas lágrimas. Não fico indiferente a estas situações e posso garantir que vamos proteger todos os pugilistas. Não entendo por que razão querem matar o boxe feminino. Apesar atletas elegíveis devem competir no ringue pelo bem da segurança de todos", explicou Umar Kremlev, presidente da IBA, uma entidade que, ao contrário do COI, não permite que Khelif compita em combates femininos.

Além de Carini, a associação internacional vai também pagar o mesmo montante à usbeque Sitora Turdibekova, ontem derrotada por Lin Yu-ting, de Taiwan, outra atleta que não é considerada elegível pela IBA.

Prémios chorudos

Já se sabia que a World Athletics iria recompensar financeiramente os atletas que conquistassem o ouro, mas a verdade é que pouco ou nada se comentou a propósito da decisão da IBA, que no início do ano anunciou que iria também pagar aos atletas medalhados. E com prémios bem mais elevados. O ouro, como dissemos, valerá 100 mil dólares (50 mil para o atleta, 25 mil para a federação e outros 25 mil para o treinador), ao passo que a prata renderá 50 mil dólares (25 mil para o atleta, 25 mil a dividir entre federação e treinador) e o bronze 25 mil (com 12,5 mil para o atleta e 12,5 mil a dividir por federação e treinador).