Portugal foi 5.º na estafeta mista de triatlo e já sonha com Los Angeles'2028: «É para brilhar outra vez»

• Foto: Federação Portuguesa de Triatlo

Portugal conseguiu esta segunda-feira o quinto lugar na estafeta mista de triatlo em Paris'2024, garantindo o sexto diploma luso na presente edição. Ricardo Batista, Melanie Santos, Vasco Vilaça e Maria Tomé completaram a prova em 1:27.08 horas, a 1.29 minutos da Alemanha, que ganhou a prova em 1:25.39, seguida pelos Estados Unidos, prata, e a Grã-Bretanha, bronze, ambos a um segundo.

No final da prova, os triatletas portugueses não esconderam ter sonhado com a medalha e sublinharam o "orgulho" pela sua prestação. 

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Vasco Vilaça

Pensaram nas medalhas? "Acho que sonhámos com a medalha desde o início. Falámos disso já nas entrevistas, depois da prova individual. Fizemos uma estafeta espetacular. Depois de uns azares no início, o Ricardo fez uma recuperação inacreditável na bicicleta. Deixou-nos a prova em contato com a frente. A Mélanie, depois de uma prova na quarta-feira em que não ficou muito contente, veio hoje com essa força extra demonstrar a força portuguesa e manteve-nos também em contato com a frente. Eu acreditei, sonhei e fui para a frente. Deixei-nos muito perto ali do pódio nessa luta. E a nossa Maria foi um espetáculo. Lutou muito. Tivemos infelizmente uma americana muito forte que a passou e perdemos esse contato com o pódio. Mas estou muito feliz aqui com o nosso diploma. É a nossa primeira representação olímpica em estafeta e é um orgulho, um orgulho fazer parte desta equipa com os colegas".

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Falou em medalhas. As medalhas são para daqui a quatro anos? "Sem dúvida. O sonho continua sempre. Fomos a última equipa a qualificar-se pelo ranking, ou seja, quase que não estávamos cá. Lutámos muito para representar o país aqui na estafeta. E acabar depois a prova num quinto lugar mostra a capacidade que temos de desenvolvimento e como vamos continuar a trabalhar para continuar nessa direção".

Maria Tomé:

Como é que sentiu a prova? "Acho que, por causa da corrente, aquilo não correu como eu queria. Quando a americana passou, acabei por perder ali uma boa boleia. Sabíamos que ela pedalava bastante bem. E depois, quando o grupo me apanhou, fui tentar dar o meu máximo para conseguir lutar pelo diploma e conseguimos, portanto, estou muito feliz".

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Este ano foi uma surpresa, mas daqui a quatro anos já não é surpresa? "Pois não sei se vai ser surpresa ou não, porque vamos ter que lutar pelo apuramento de qualquer das maneiras. Portanto, vou fazer por isso e acho que vamos todos dar o nosso melhor para estar lá e brilhar outra vez.  

Ricardo Batista

Esta participação portuguesa no triatlo acabou por ser positiva na globalidade? "Sim, foi sem dúvida uma excelente prestação de todos nós. Estivemos todos muito bem e acho que representámos o nosso país da melhor maneira possível no que foi a nossa primeira estafeta nos Jogos Olímpicos".

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Quando se tem uma primeira participação, já se pensa na segunda? "Sim, exactamente. Acho que no fim desta participação, e como somos uma equipa bastante jovem, já estamos todos a pensar na prova daqui a quatro anos. Vamos com tudo para tentar melhorar todos os excelentes resultados que já conseguimos alcançar neste ano".

Mélanie Santos

Que balanço faz desta participação? "Um balanço bastante positivo, ou seja, é a nossa estreia, lutámos muito para estar aqui presentes, sonhámos muito com o pódio e mostrámos que estávamos bastante perto. Acho que um quinto lugar, um diploma olímpico, deixa Portugal, o triatlo, muito orgulhoso e acho que estamos num bom caminho para o futuro".

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Como será o futuro porque esta equipa é jovem? "Sim, isso são perguntas complicadas, mas acho que o balanço é bastante positivo. Para a nossa estreia, conseguir um diploma olímpico na estafeta, em que havia muitas incertezas, se nos íamos qualificar... Chegámos aqui, acreditámos, sonhámos e fizemos. Ou seja, mostrámos que realmente temos uma estafeta muito, muito forte e muito competente. Para o futuro, acho que vamos trabalhar bastante para Los Angeles. Claro que tentar primeiro estar presente e depois, claro, fazer melhor resultado".

Por Marco Martins
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