Para a maioria dos atletas, subir à pista do Estádio Engenhão durante os próximos dias para participar nas provas de atletismo dos Jogos Olímpicos será o desafio máximo da sua temporada, mas para a indiana Dutee Chand, de 20 anos, é apenas a última de várias batalhas que tem travado ao longo dos últimos meses.
A jovem velocista de 20 anos viu a sua feminilidade ser colocada em causa de forma humilhante, por adversários e também pela opinião pública, com a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) a dar-lhe duas opções: aceitar a proibição de competir com mulheres ou tomar medicação no sentido de reduzir os níveis demasiado elevados de testosterona que o seu corpo produz. Perante isto, Dutee foi pelo caminho mais difícil e recusou-se a aceitar o seu destino, recorrendo para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS). O processo foi demorado e muitas vezes humilhante, mas ganhou. E hoje vai subir à pista para participar nas eliminatórias dos 100 metros... femininos.
As últimas semanas, no entanto, não têm sido fáceis. A polémica em que está envolvida afastou treinadores, apoios e todo o tipo de patrocínios que a jovem atleta poderia vir a ter no Brasil. Viajou durante 36 horas em classe económica e para a Cidade Maravilhosa levou pouca roupa e... nenhum calçado. Ao chegar, fez um apelo público e recebeu finalmente um par de ténis, com os quais vai competir hoje, ao lado das melhores do Mundo.
"O meu sonho era que alguns atletas como eu tivessem o mesmo reconhecimento dos jogadores de críquete (modalidade que rainha na Índia), futebol ou hóquei. O governo não tem de ser o único a apoiar, mas também o sector privado. Assim que isso acontecer, vamos começar a conquistar medalhas certamente", garantiu a atleta em declarações ao jornal ‘Times of India’.
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