Jorge Fonseca admitiu esta quinta-feira que a componente física foi o que mais pesou na sua derrota na primeira ronda da categoria de -100kg dos Jogos Olímpicos Rio'2016 e prometeu trabalhar para poder lutar pelas medalhas em Tóquio'2020.
"Foi o aspeto físico [que pesou mais]. Estava a ganhar, estava a conseguir gerir a vitória. Quando faltava um minuto para acabar o combate comecei a sentir um bocado de cansaço, porque ele, por estar a perder, começou a vir para cima. E acabei por perder daquele jeito", explicou Jorge Fonseca, que saiu do tatami em lágrimas, depois de ser derrotado por 'waza-ari' pelo checo Lukas Krpalek.
O jovem de 23 anos afirmou que não foi uma desilusão perder com o campeão mundial de 2014, porque trabalhou muito e fez tudo o que tinha a fazer. "Foi um parceiro forte, dei-lhe luta, estive a ganhar e depois acabei por perder, mas foi um combate forte", analisou, reconhecendo que o facto de Krpalek ter uma maior envergadura complicou-lhe a missão.
No entanto, o judoca do Sporting recusou que a altura do adversário tenha sido um problema: "Encarei-o com toda a franqueza, não tinha problemas com o facto de ele ser alto, dei tudo o que tinha para dar e, infelizmente, acabei por perder".
Apesar das lágrimas, Jorge Fonseca não considerou que a de hoje tenha sido a derrota mais difícil da sua carreira. "A derrota mais dura foi a doença [um tumor na perna esquerda] que tive. A de hoje não, porque trabalhei bastante, dei tudo o que tinha para dar contra um adversário forte. Foi uma derrota difícil, porque foi nos Jogos Olímpicos, que é a maior prova do Mundo. É um evento brutal, onde eu queria dar tudo. Pena o que aconteceu".
Apoio brasileiro
Surpreendido com o apoio que os brasileiros lhe deram, Jorge Fonseca quer voltar à Arena Carioca 2 ou a qualquer palco em solo carioca para retribuir o carinho, mas o seu foco está já em Tóquio2020. "Fiz o que tinha a fazer, correu mal, mas na próxima vez espero que corra de outra forma. Não vou sair com as lágrimas que saí hoje, porque não é esse o meu objetivo. Não trabalhei para chegar aqui e chorar, trabalhei para sair feliz. Espero que nos próximos Jogos corra melhor", salientou.
Fonseca apontou como objetivos corrigir alguns pontos negativos, para poder chegar aos próximos Jogos Olímpicos e fazer o melhor resultado possível. "Não quero este lugar em que fiquei, mas para muito mais do que isso. Um terceiro ou primeiro lugar, é esse o meu objetivo, é isso para o que trabalho. Não posso falhar nas pequenas coisas", assumiu.
O atleta português, que no Rio2016 se estreou em Jogos Olímpicos, teve ainda palavras de elogio para Krpalek, que o consolou na zona mista, destacando que o checo se portou muito bem. "É o campeão do mundo, tem um método completamente diferente. Já não é um miúdo, é um homem. E respeita sempre os mais novos. Dei-lhe muito trabalho e ele reconheceu-o", concluiu.
Por LusaTambém Patrícia Sampaio (Gualdim Pais), bronze em Israel, registou uma subida de 4 lugares, sendo agora 15ª a 78 kg e top-10 na qualificação olímpica.
A multimedalhada do Benfica, 9ª do ranking mundial (57 kg), apresenta-se como segunda cabeça-de-série no sorteio da prova, que decorre hoje na capital dos Emirados Árabes Unidos.
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