Portugal é um dos oito países que colocaram três triatletas no Rio de Janeiro, sendo também a primeira vez que o nosso país terá três homens em ação (em Pequim’2008 estiveram Vanessa Fernandes, Bruno Pais e Duarte Marques). Este ano, João Silva é o único repetente. Depois do 9º lugar em Londres, o antigo bicampeão europeu de sub-23 ambiciona lutar pelo topo, tal como o estreante João Pereira, enquanto Miguel Arraiolos se mostra mais modesto e pensa apenas no top 20.

A comitiva lusa, que parte para o Brasil na segunda-feira, reuniu-se ontem em Óbidos, depois de ter feito a preparação em separado: João Silva estagiou na Suíça e em Rio Maior, enquanto João Pereira e Miguel Arraiolos trabalharam durante seis semanas nos Pirenéus.

Sintonia

O trio está em sintonia: "A preparação foi a melhor possível. Fizemos tudo o que havia a fazer, agora é tentar não fazer disparates", graceja João Silva, o mais jovem (27 anos) mas também o mais experiente dos três. "Espero dar o meu melhor, mas esta é uma modalidade tão volátil que não permite fazer previsões. Até porque o meu melhor pode não ser suficiente para o melhor dos outros", frisa.

João Pereira, 29 anos, já conhece, tal como os outros portugueses, o trajeto da prova da próxima quinta-feira, pois participou no evento de teste, no ano passado. Por isso, assume que o clima "não preocupa" e diz que as perspetivas da sua participação passam por "tentar chegar ao diploma", ou seja, aos oito primeiros classificados.

Já Miguel Arraiolos, também de 28 anos e o último a garantir a qualificação, não quer "pensar em resultados". "Tenho objetivos distintos dos meus colegas. Estou muito bem preparado e acredito que posso terminar na primeira metade e, talvez, ambicionar o top 20", conclui.