O mesatenista Tiago Apolónia considerou esta segunda-feira que foram os "detalhes em momentos decisivos" a decidir a sua eliminação dos Jogos Olímpicos ante o indiano Kamal Achanta, ao qual reconheceu "superioridade" no 4-2 em Tóquio'2020.

"Ele é uma lenda do desporto indiano, mas isso conta pouco. Pensava que iria ser 50/50 e a partida foi bastante equilibrada, no entanto ele decidiu nos pormenores. Hoje, conseguiu ser um pouco mais forte", disse o atleta luso, que caiu à segunda ronda.

No Ginásio Metropolitano de Tóquio, Apolónia, 57.º do ranking olímpico, cedeu frente ao 29.º da mesma classificação pelos parciais de 11-2, 8-11, 5-11, 11-9, 6-11 e 9-11.

"Queria entrar forte e consegui. Preparei-me bem. 11-2 contra adversário desta categoria não é normal. Entrei, até, demasiado bem, contudo nos segundo e terceiro sets estive afastado do jogo. Consegui depois voltar, ser consistente, porém isso acabou por não ser suficiente. Houve sets a decidir-se nos pequenos detalhes e ele esteve melhor do que eu", resumiu.

Tiago Apolónia destacou a "agressividade" do jogo ofensivo "variado" de um rival "bastante forte", assumindo que a sua "maior rapidez" foi insuficiente contra um atleta "bem conhecido", ao lado de quem foi campeão, por equipas, na Índia, onde Achanta tem o recorde de nove títulos de singulares consecutivos.

"Eu até joguei bem, mas ele esteve melhor. Tenho de lhe dar os parabéns", concluiu o luso que em quatro presenças olímpicas, três em singulares, tem como destaque o 17.º lugar no Rio'2016.

Ao atleta lisboeta ficou a "pena" de não ir defrontar o medalha de ouro olímpico no Rio'2016, Ma Long, o chinês com quem lhe tocaria jogar na terceira eliminatória.

Tiago Apolónia vai preparar-se agora para a competição de equipas, juntamente com Marcos Freitas e João Monteiro, com os quais defrontará a campeã europeia em título, a Alemanha.