A aterragem estava prevista para as 9h50, mas o nevoeiro que pairava sobre o aeroporto de Lisboa obrigou o avião em que vinha António Félix da Costa a desviar a rota para Faro. Uma paragem que aumentou a ansiedade de quem esperava pelo piloto, vencedor da Taça do Mundo de Fórmula 3, conquistada no passado domingo, no GP Macau.
"Ainda estou à procura das palavras para descrever o que sinto", disse, sorridente. "Já não corria num Fórmula 3 há três anos, mas não hesitei em aceitar o convite para ir a Macau", esclareceu António, que já venceu a mítica prova em 2012 e terminou em segundo lugar no ano seguinte. "Foi um regresso inesperado mas que acabou por correr bem. Corri contra pilotos que vão ser o futuro da Fórmula 1 e por isso estou contente com este resultado", explicou.
Outras prioridades
A verdade é que por muitos elogios que receba, António já não tem esperanças em relação à prova rainha de velocidade. Esteve bem perto do sonho enquanto piloto de testes da Red Bull, mas as hipóteses esfumaram em 2013. "Acho que a porta da Fórmula 1 não vai voltar a abrir-se, mas isso não me chateia", garante. "Há muito mais vida e muito mais carreira além da F1. A minha carruagem já passou, infelizmente. Contudo, são resultados como este conquistado em Macau, contra bons pilotos que já correram contra mim, que me deixam relaxado. A minha vida agora é com a BMW. Eles são o futuro da minha carreira", explicou o piloto de 25 anos, que ainda não deixa de surpreender e ser surpreendido. "Macau abre várias portas. O Tiago Monteiro ligou-me antes de eu embarcar para me informar de propostas ‘diferentes’, dirigidas a mim e provenientes de outras terras", confessou.
Metas por cumprir
Desligado o ‘chip Macau’, António vira atenções para o campeonato de Fórmula E. A prova que se segue é em Buenos Aires, Argentina, no dia 18 de fevereiro. "Sinto que estamos melhor. A Andretti é uma equipa que dispensa apresentações e tem a BMW por trás a dar um grande empurrão", garantiu, otimista. "O nosso carro está a melhorar e a equipa está a melhorar também. Eu e o meu colega de equipa, Robin Frijns, temos muito potencial e estou certo de que conseguimos fazer a diferença", afirmou António, que, rodeado dos amigos e da família, formulou um desejo. "Gostava de ganhar uma corrida de Formula E."
Em Macau com apoio português
No circuito da Guia, António Félix da Costa não contou apenas com a ajuda do piloto de carros de turismo e amigo, Tiago Monteiro. É que na prática, desde que chegou a Macau que o português de 25 anos foi calorosamente apoiado pelo povo macaense. "Lá , ouve-se mais a língua portuguesa do que o cantonês", contou. " O apoio que senti durante todo o fim de semana deu-me uma força extra. Senti-me em casa", garantiu.
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