Toto Wolff, chefe de equipa da Mercedes, mostrou-se arrependido por, em 2014, ter perdido a oportunidade de contratar Max Verstappen, quando o piloto holandês já tinha mostrado qualidade nas pistas de kart ainda antes de rumar à Fórmula 3.
"Falei com o Jos [pai de Verstappen] e com o Huub Rothengatter [o representante do pai de Verstappen durante os seus tempos de Fórmula 1] quando vieram ao meu gabinete, e isso deve ter sido quando o Max estava no final dos seus dias de karting, mesmo antes da Fórmula 3", começou por lembrar em entrevista à ESPN.
E prosseguiu: "Depois voltámos a falar quando o Max e o Jos visitaram a minha casa em Viena. Passámos algumas horas a discutir o futuro. Se me arrependo de não ter contratado o Max? Certamente. Mas naquela altura não tinha essa opção. Tínhamos dois pilotos com os quais estava extremamente feliz, o Nico [Rosberg] e o Lewis [Hamilton], e quando o Nico saiu, o Valtteri [Bottas] passou a ser a opção. Nessa altura, o Max já não estava disponível. Se o Max e o Lewis combinariam juntos? Talvez não".
Wolff referiu ainda que o facto da Mercedes não ter uma 'equipa junior' foi decisivo para que Verstappen rumasse à Toro Rosso, em 2014. "O Lewis foi um 'tipo' da Mercedes desde sempre. Tinha dois pilotos e nenhum acordo para formar uma 'equipa junior'. A opção de rumar à Toro Rosso [em 2014] foi a melhor. Nessa altura, não havia muito entusiasmo à volta dele. Os especialistas sabiam que ele provavelmente não estava entre os melhores. Só quando um piloto cresce na Fórmula 1 e se torna mais maduro lá é que se pode dizer que é um verdadeiro campeão do mundo, um piloto inacreditável. Antes, tivemos o Lewis, Michael Schumacher e Ayrton Senna. O próximo? Se estava claro que o Max seria o próximo? Não estava claro nessa altura", rematou.
Por Record