Ninguém estava propriamente à espera daquilo que se viu
esta tarde em Singapura e a forma como Max Verstappen falou após a qualificação diz bem do estado das coisas na Red Bull. Fora da Q3, o holandês da equipa austríaca vai apenas partir de 11.º e, para a corrida de domingo, nem tem grandes perspetivas de assinar aquelas recuperações épicas que tantas vezes já fez.
"Sabia que iria ser difícil chegar à pole, mas não esperava isto. Na verdade, temos sentido dificuldades ao longo de todo o fim de semana. A FP3 não foi totalmente má, mas depois testámos algumas coisas no carro para a qualificação que o tornaram inguiável, com muito impacto com o solo nas zonas de travagem. Sempre que queria travar forte, as minhas rodas da frente perdiam todo o apoio. Por isso, como disse no rádio, foi uma experiência chocante, porque não tinha velocidade, não tinha tração. Muito difícil de guiar", assumiu o holandês, à Sky F1.
Max Verstappen já fez muitas recuperações sensacionais em corridas - este ano já partiu de 15.º e foi 2.º no final -, mas para este domingo nem o pódio está na cabeça do holandês. "Não, de certeza que não. Aqui ter um bom carro de corrida é pouco importante, à imagem do Mónaco. Colocas tudo na qualificação e, mesmo com degradação dos pneus, é muito difícil ultrapassar. Será uma longa e dura tarde... Por isso, esperemos que não haja muitos safety cars e que a corrida seja curta", atirou, claramente pouco otimista para domingo.
De resto, Max esteve na mira dos comissários por três possíveis infrações - que entretanto lhe valeram apenas reprimendas -, mas nem isso lhe tirava o sono. "Está tudo tão mau, que não faz diferença se sairmos de 11.º, 15.º ou último. O que importa agora é perceber o que correu mal. Isso é mais importante do que conseguir pontuar este fim de semana."