Miguel Oliveira e o "privilégio" de ser considerado pela Honda: «Objetivo é estar numa moto de fábrica»

Português assume que quer que isso aconteça o mais rápido possível

• Foto: CryptoDATA RNF MotoGP Team

Miguel Oliveira continua a ser um dos nomes mais falados nos bastidores do paddock do mundial de velocidade, muito por culpa do efeito dominó criado pela saída de Marc Márquez da Honda. O piloto português é um dos apontados à equipa japonesa e o próprio assume, em declarações ao site do MotoGP, que se sente honrado por estar na lista da equipa nipónica. Até porque o seu objetivo é só um: chegar a uma equipa de fábrica.

"Sendo honesto, é um privilégio ser considerado por um construtor como a Honda. O objetivo de todos é estar numa moto de fábrica, com o objetivo de crescer juntos. Quero que isso aconteça o mais rápido possível, seja como for. Se for com a Aprilia, será um prazer", disse Miguel Oliveira, que ainda assim, numa resposta anterior, assumiu que estar numa equipa de fábrica não quer dizer necessariamente melhores resultados, ainda que seja um 'plus' do ponto de vista psicológico.

"No MotoGP atual o facto de estares na equipa de fábrica não quer dizer que vais render mais. Vimos isso recentemente, com pilotos de equipas satélite a usarem motos de fábrica... São capazes de estar no top-5 ou top-3. Mas o objetivo final de todos os pilotos é estar na equipa principal. A 100%!". Até porque, confessa, esse suporte beneficia o piloot também do ponto de vista mental. "Ajuda no sentido em que ele pode crescer e ter o melhor apoio que a fábrica pode dar, quando talvez não tens o melhor pacote na moto", considerou o piloto português, que este fim de semana estará em ação no Grande Prémio da Austrália.

Será a 16.ª etapa de um mundial que não tem sido aquilo que esperava, especialmente por conta de uma onda de azar que o tem afetado desde cedo. "Não foi o início que desejava com a Aprilia. Tive momentos em que gostava de ter estado melhor, especialmente não estar lesionado. [O acidente com Márquez em Portimão] Foi um momento complicado, mas como era o início da temporada, levei tudo de forma natural. Foi um incidente de corrida e aceitei bem. O que realmente me fez continuar foi o facto de, sempre que estava na moto, conseguia render. Era competitivo e rápido, foi isso que me fez voltar ainda mais motivado", considerou o piloto da equipa CryptoDATA RNF.

Apesar da falta de consistência nos resultados, Miguel Oliveira consegue ver pontos positivos. "Tivemos momentos muito bons, onde consegui mostrar que posso ser competitivo com a moto. Utilizámos a experiência da primeira metade da época e trabalhámos um pouco mais nos detalhes. O pelotão do MotoGP está tão apertado, cada moto faz a sua volta de forma diferente, tens de entender claramente o que precisas em cada pista para conseguir tirar-lhe o melhor. O meu estilo de pilotagem adequou-se muito bem à moto. A determinado momento tive de ver-me livre de alguns hábitos que tinha com a KTM. Com a equipa também. Demorou um pouco mais para entender-nos, para eles entenderem o que eu precisava nas sensações da moto para ir mais rápido. É um desafio para equipa e piloto. É um trabalho conjunto, que ambas as partes têm de chegar a um ponto de equilíbrio".

Miguel Oliveira, refira-se, tem contrato com a Aprilia até 2024.

Por Fábio Lima
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