Miguel Oliveira abandonou o GP da Holanda este domingo, a 14 voltas do fim, devido a problemas na moto, como viria a confirmar a RNF Aprilia. No final da corrida, o piloto português - que havia passado rapidamente de 11.º para 6.º classificado, mas que viria a perder lugares a meio da corrida - acabou por falar em "segurança".

"Sem querer avançar muito, [o que motivou o abandono] foram problemas na moto. Após um bom arranque e umas boas primeiras voltas, foi pena retirar-me. Mas fizemos um fim de semana em crescendo, consegui qualificar-me na Q2, fiquei a 2 ou 3 décimas dos rapazes da fábrica. Hoje consegui arrancar melhor do que ontem, recuperar uns lugares, mas rapidamente encontrei esse problema e não quero comentar muito sobre ele", assumiu à Sport TV.

E prosseguiu: "A questão do problema da moto relacionou-se depois com segurança, ficar sem travão, era bastante difícil continuar com esta imprevisibilidade, de ter ou não travão causado por outra coisa. Fazer estas três corridas já foi uma vitória. É difícil estar aqui no campeonato limitado fisicamente, querer andar aqui como se não tivesse nada. Essa é a realidade. Serviu para continuar a trabalhar com a equipa, saber como comunicarmos melhor... Não saio daqui com o resultado que queria, o trabalho que gostaríamos de ter feito, mas temos estas cinco semanas de pausa para reagrupar, recalibrar e voltar à carga em Silverstone".

Questionado sobre as dores que ainda sente no ombro esquerdo, Miguel Oliveira falou numa situação "constante", ainda que tenha notado "o ombro a responder bem" nas voltas que fez no GP Holanda. "É verdade que faço muitas compensações com o braço direito... Estas cinco semanas vão ser essenciais para recuperar a minha forma física e para depois me sentar na moto sem pensar no ombro esquerdo".