Miguel Oliveira somou mais 4 pontos para a sua conta no Mundial de MotoGP, mas o resultado final do Grande Prémio da Áustria não foi de acordo com aquilo que o português desejava. Muito por culpa de um arranque não tão bom, mas também por um ultrapassagem de Marc Márquez que levou a uma queda na tabela e obrigou a uma recuperação de 18.º até ao 12.º lugar final.

"Tive um arranque mais ou menos aceitável, mas não tão bom como ontem [corrida Sprint]. Mas na curva 3 fui ultrapassado pelo Marc [Márquez] - ao 'estilo Marc' - e acabei por ir para trás. Perdi imensos lugares por causa disso e fiquei preso, atrasando-me em relação aos da frente, pois precisava de umas duas ou três voltas para ultrapassar cada piloto. A pressão do pneu da frente ficou muito elevada e sempre que apanhava um pouco de ar limpo ia super rápido. Acho que tive um dos melhores ritmos em comparação com os rapazes da Aprilia, mas as primeiras voltas, depois de um bom arranque, foram más e isso custou-me imenso em termos de resultado", lamentou.

Davide Brivio, diretor da equipa, analisou o fim de semana e viu a performance do português como o ponto alto. "No papel os resultados não parecem bons, mas acho que foi um fim de semana positivo em certos pontos. O Miguel teve duas boas corridas, com ritmo fortes, mas com resultados que acabaram prejudicados pela posição inicial. Mas ele teve potencial para resultados muito bons. Com o Raul tivemos um problema na corrida principal. Não conseguiu usar o pneu na fase final da corrida e estamos a analisar a situação, pois ele estava numa boa posição, a manter ritmo, por isso foi uma pena. Podíamos ter feito coisas melhores, mas consigo ver pontos positivos neste fim de semana. O Miguel teve potencial para estar de forma confortável no top-10 e o Raul está a evoluir com a moto de 2024", analisou.