À partida ficámos impressionados com o magnifico grupo de camiões inscritos nesta prova e com o seu nível de preparação. Questionámo-nos sobre o que poderíamos nós fazer com o nosso camião de série em termos de resultados desportivos. É um facto que o motor mais potente me ajudou bastante a transpor as dunas e ganhei tempo; que os amortecedores funcionaram e conseguimos passar melhor no mau piso travando menos vezes e passando mais rápido; que os amortecedores de direção tiveram finalmente uns suportes de qualidade que me deram muita segurança na condução.... A sorte não nos rasteirou e andámos sempre o mais rápido que conseguimos.

Cometemos a proeza de ganhar a primeira etapa, a mais dura do rali o que admirou toda a gente. Nas etapas seguintes demonstrámos alguma consistência nos resultados e estivemos sempre no topo da lista de classificação de cada etapa.

A nossa vitória deixou de ser encarada como um golpe de sorte. Começou então a pôr-se a questão como é que um camião de série conseguia andar tão rápido? No único dia em que as várias equipas dos pesados se reuniram na zona da partida foram vários os que vieram com curiosidade observar o nosso TGS de perto, espreitar por baixo, subir para ver a cabine. O Marco abriu as portas da caixa de carga para mostrar o seu interior. Houve quem fotografasse o interior da nossa cabine com intenções de fazer algo parecido. Nunca imaginei que tal pudesse acontecer. Inesperadamente voltámos a vencer a sexta etapa e houve quem procurasse o Zé Marques para perguntar o que tinha de particular este camião de série para andar tão depressa.

Estamos orgulhosos do nosso desempenho, ainda mais por perceber que conseguimos o respeito dos nossos adversários...

A fiabilidade do MAN e um bom trabalho de equipa é o segredo do nosso sucesso.