Martim Sousa e a magia do ténis de praia: «Comparo muito com o ambiente dos surfistas»

Número 67 do ranking mundial é um dos jogadores da casa no Portugal Beach Tennis Open

Martim Sousa joga ténis de praia no Portugal Beach Tennis Open
Martim Sousa joga ténis de praia no Portugal Beach Tennis Open • Foto: Luís Barbosa

A Praia de Matosinhos recebe até domingo o Portugal Beach Tennis Open, uma semana de montra para o ténis de praia com vários torneios, sendo que o principal destaque vai para o Sand Series, o equivalente a um Grand Slam. Ora, Martim Sousa é um dos jogadores da casa que querem aproveitar a oportunidade.

O número 67 do Mundo não esconde a importância desta semana. "Para nós é incrível poder ter um Sand Series em casa. Só mostra o investimento que se tem feito de toda a gente. Não só da parte dos jogadores, mas também por parte da Federação, porque fazer um evento destes não é fácil. É preciso uma estrutura muito grande. É a melhor mostra da evolução do beach tennis em Portugal", começou por explicar o jogador de 29 anos.

Nos 'quartos' do BT50 de Matosinhos, que serve de preparação para o Sand Series, Martim Sousa explica como esta aventura arrancou. "Tudo começou numa brincadeira que foi ficando mais séria. Decidimos jogar juntos eu e o meu irmão, Miguel Sousa. Aliás, tive de convencê-lo a jogar porque ele, ao início, não queria. Depois temos tido diferentes parceiros de jogo. Começamos lá na Praia do Pópulo, nos Açores. Pouco a pouco, fui fazendo um torneio, depois outro. Começou a correr bem e fomos continuando. Ao final de dois, três anos é mais a sério. Sinto-me muito feliz por também fazer um bocadinho parte deste crescimento", acrescentou.

Vice-campeão nacional já em quatro épocas consecutivas ao lado do irmão -- só jogam juntos nesse tipo de provas, enquanto no circuito mundial preferem ter parceiros diferntes --, Martim Sousa também fala abertamente sobre a magia do beach tennis, fazendo uma comparação interessante.

"Foi no pós-pandemia, em 2021, que comecei. Era um dos poucos desportos que se podia competir, na altura, em São Miguel, por causa da Covid-19. Comecei na brincadeira, mas depois o ambiente é cativante. Comparo muito com o ambiente dos surfistas. A vibe do surfista é a vibe de praia. Tudo é muito mais relaxado, mais diversão. As coisas são feitas da mesma maneira, com a mesma qualidade, o profissionalismo não se perde por isso. Eu sou dos jogadores que gosta das coisas direitinhas e que chateiam um pouco nesse sentido. A meu ver, se é para fazer, é para fazer bem feito. Ainda assim, nós somos todos mais tranquilos, embora com a evolução da modalidade as exigências são maiores. Mas, no final, o pé na areia e chinelos… e só isso já traz uma vibe diferente", confessou, ele que já vê o top 20 mundial com capacidade para viver exclusivamente de jogar ténis de praia.

Por Pedro Gonçalo Pinto
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