Novak Djokovic garantiu esta sexta-feira o apuramento para a sua 10.ª final do Open da Austrália, mas o tenista sérvio admitiu que a associação do pai a apoiantes de Vladimir Putin o afetou.
A polémica estalou depois de ter surgido um vídeo no YouTube onde se vê Srdjan Djokovic ao lado de apoiantes do presidente russo e a posar, inclusivamente, ao lado de um deles.
Djokovic contou que tudo não passou de um engano, que o pai foi apanhado e usado por apoiantes da Rússia que se encontravam no exterior da Rod Laver Arena.
"Infelizmente uma má interpretação do que aconteceu ontem levou as coisas a um nível muito elevado. Afetou-me, claro. Não sabia de nada disto ontem à noite. E claro que não fiquei feliz por ver aquilo", explicou o tenista, 9 vezes vencedor do torneio australiano.
"O meu pai, a minha família toda e eu passámos por vários anos de guerra durante a década de 90. Tal como o meu pai já disse, nós somos contra a guerra, nunca apoiaremos qualquer tipo de violência ou guerra. Nós sabemos o quão devastador pode ser para as pessoas de qualquer país", acrescentou.
Depois explicou o que se passou em concreto: "O meu pai estava a passar por ali depois de um jogo para se encontrar com alguns fãs na praça principal aqui no Open da Austrália, para lhes agradecer o apoio e tirar algumas fotos. Ele estava a passar por lá. Havia muitas bandeiras da Sérvia. Pensou que estava a fazer uma foto junto de alguém da Sérvia. Ele foi usado nesta situação por este grupo de pessoas."
Djokovic garante que o pai não desejou "longa vida à Rússia". "Ele disse 'cheers'. Infelizmente alguma imprensa interpretou isso de forma muito errada."
Djokovic sente-se incomodado com a situação. "Não é agradável para mim passar pelo que passei no ano passo e este ano na Austrália. Não é algo que queira ou precise."