Ricardo Costa
Ricardo Costa Deputado

Por mares nunca dantes navegados

No meu artigo anterior escrevi sobre a seleção nacional de andebol e o seu percurso excecional no campeonato do mundo. Finalizada a competição, julgo pertinente, e merecido, um reforço por tão brilhante participação e pelo resultado inédito.

A seleção de Paulo Jorge Pereira apresentou-se no mundial com um objetivo ambicioso: chegar aos quartos-de-final. Um resultado nunca atingido. Mas, chegados lá, superaram-se e foram ainda mais longe. O quarto lugar alcançado pela seleção nacional marca uma caminhada que, de forma ambiciosa e sustentada, vem sendo percorrida pela Federação de Andebol de Portugal. Liderada pelo vimaranense Miguel Laranjeiro, a Federação tem levado as diferentes seleções nacionais de andebol a cada vez melhores desempenhos e resultados, numa modalidade em crescimento que conta, em Portugal, com mais de 50 mil atletas.

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O país uniu-se com emoção e orgulho a cada jogo, pelo talento, paixão e determinação da equipa liderada pelo capitão, também vimaranense, Rui Silva. Ninguém ficou, nem podia ficar, indiferente perante esta proeza e todos acreditamos que seja o começo de, ainda, maiores proezas no futuro.

A competência que nos elevou ao topo mundial do andebol ecoou além-fronteiras. A comunicação social internacional enalteceu o as proezas de deixarmos para trás seleções como a Noruega, a Suécia, a Espanha ou a Alemanha. E o El País titulou "A revolução de Portugal no mundial de andebol". Na Alemanha, mais de sete milhões de espectadores renderam-se pela televisão ao nosso jogo.

O reconhecimento internacional não ficou pelas notícias e, ainda no plano desportivo, as escolhas da Federação Internacional de Andebol para a all-star team da competição premiaram os atletas portugueses Martim Costa e Victor Iturriza (um imigrante de origem cubana, tal como o saudoso Alfredo Quintana) e o teenager Francisco "Kiko" Costa, eleito o melhor jogador jovem.

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Este resultado formidável não só eleva o estatuto do andebol português no panorama mundial, como servirá de inspiração para futuras gerações e de alento para uma aposta política, educativa e social mais consistente no desporto e, em particular, no andebol. A dedicação, o talento e a paixão demonstrados pela seleção nacional são motivo de orgulho para todos os portugueses e deixam antever um futuro promissor no topo do andebol mundial.

Por Ricardo Costa
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