A vitória por 4-0 no último jogo deixou, de novo, boas sensações, embora o adversário também tenha contribuído para tal. De vez em quando ainda parece tudo um bocadinho amorfo, mais até na bancada, é verdade, mas houve qualidade, houve resposta e, acima de tudo, confiança que os resultados também trazem. E quando uma equipa jovem respira assim, convém aproveitar o momento.
Esta crónica sai na antecâmara do jogo da Taça da Liga - essa competição presa a um modelo que ninguém percebe muito bem e que só serve para manter o status quo. Não ajuda o futebol português, ponto final. Está é na hora de sermos capazes de deixar de aceitar que as coisas são como nos impõe e que nada podemos fazer para o contrariar.
Mas enquanto existir, cada jogo tem de servir para crescer, para testar limites, para perceber onde ainda dói.
Esta quinta-feira, o Vitória vai ao Dragão. Não é preciso grandes discursos: o Porto está forte, confiante e joga em casa. Mas estes jogos são os que fazem uma equipa amadurecer mais depressa.
Depois vem o Gil Vicente, que tem feito um campeonato muito sólido. Ganhar aí seria encostar ainda mais à frente e mostrar que esta equipa, apesar das limitações e da inexperiência, está a evoluir.
No fundo, é isso que os adeptos esperam: sinais claros de que o Vitória quer e pode aproveitar o momento. Assim se cumpra.
Por Carlos Ribeiro