Ricardo Costa
Mais uma semana de sentimentos contraditórios em Braga. Por um lado, a vitória clara por 5-1 frente à equipa de Gibraltar confirmou o apuramento para a fase regular da Liga Europa e reforçou a dimensão internacional do clube. Um triunfo que mostra a qualidade e a ambição da equipa de Carlos Vicens, capaz de se impor com autoridade em palco europeu.
Mas, por outro lado, no campeonato, ficou um travo amargo. Em Vila do Conde, frente ao Rio Ave, o Braga empatou a duas bolas e deixou novamente escapar pontos que podem ser cruciais na luta pelos lugares cimeiros. Pior do que o resultado foi a forma como aconteceu: um adversário que apostou forte na solidez defensiva — muitas vezes no limite do anti-jogo — conseguiu travar os Guerreiros do Minho.
É aqui que surge a grande dúvida: estará o Braga preparado para vencer jogos complicados contra equipas mais competitivas ou que montam autênticas muralhas defensivas? A resposta a esta pergunta vai definir até onde pode ir o sonho de lutar pelo título.
Com o mercado de transferências encerrado, a base está definida. Agora, segue-se uma pausa de duas semanas para os jogos da Seleção Nacional. Um momento importante para fortalecer processos, consolidar ideias e preparar o grupo para as várias frentes em que vai competir.
O Braga tem qualidade, plantel e ambição. Falta provar que tem também a consistência e a frieza necessárias para transformar boas exibições em vitórias semana após semana. O futuro começa já a desenhar-se.
