Saída de campo

António Magalhães
António Magalhães

Os reis e a rainha

A Taça de Portugal, a ‘prova rainha’, viveu mais uma jornada de fascínio e glória. O Sporting cumpriu a obrigação mas teve de recorrer à artilharia pesada para ganhar o jogo. Jesus bem tinha dito que o futebol é o único desporto coletivo onde a equipa menos credenciada pode vencer. Junte-se o feitiço da Taça e temos um coqueteil explosivo. O Cova da Piedade agitou-o bem mas acabou por cair... de pé. Excitante – e com o toque de surpresa – foi o duelo em Vila do Conde que deu ao Desp. Aves um apuramento inédito e histórico.

Nas Caldas da Rainha, qualquer que fosse o resultado, far-se-ia sempre história com a presença de um clube do terceiro escalão nas meias-finais. A Taça, porém, pugnou por uma proeza única e brindou o Caldas com a qualificação. Um feito inolvidável que faz desta geração de pelicanos verdadeiros heróis, dignos da memória daqueles que na década de 50 conduziram o clube da 3.ª à 1.ª Divisão, onde permaneceu durante quatro épocas. Confesso ter uma ‘costela’ caldense, por razões familiares, que já me levou a sentar na velha bancada do Campo da Mata, pelo que não consigo ficar indiferente à euforia que vive as gentes das Caldas. Que me perdoem os farenses que até já tiveram o privilégio de viver o misticismo do Jamor. O Caldas ainda não chegou lá e pode morrer na praia, mas nada apaga esta jornada memorável.
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