Saída de campo

António Magalhães
António Magalhães

Seleção dos milagres

Estamos a dois dias da estreia de Portugal no Campeonato do Mundo na Rússia e é difícil fugir a um tema incontornável: o Sporting. A exemplo do que sucedeu durante quase toda a temporada, o clube leonino dominou o espaço mediático, umas vezes por boas razões, outras por más. Nos últimos tempos, decididamente pelas piores.

Chegámos também a um ponto em que os acontecimentos no Sporting não apenas afetam o clube, os seus dirigentes, treinadores e jogadores, mas têm repercussões nefastas noutros meios. Particularmente agora, na Seleção. A poucas horas de se estrear frente à Espanha, Fernando Santos e o seu staff é obrigado a gerir no seu seio um processo externo que provoca tremendo desgaste psicológico em quatro dos jogadores mais influentes da Seleção – dois indiscutíveis titulares e outros dois com direito a reclamar idêntico estatuto.

Por muito que se diga que os atletas conseguem alhear-se e ficar imunes ao momento tenso e à indefinição profissional que vivem, ninguém crê ser possível que o contexto não tenha impacto. O Sporting pode ter ‘desaparecido’ da Seleção, mas não se apagou da cabeça dos jogadores. Só um grupo unido e solidário – como se sabe que ele é – poderá ajudar a superar este enorme desafio.
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