O canto do Morais

Carlos Barbosa da Cruz
Carlos Barbosa da Cruz Advogado

Um Teo a mais

Nesta altura em que escrevo, não sei se o Teo Gutierres já saiu finalmente do Sporting, nem é coisa que me preocupe sobremaneira.

Não o acho um jogador por aí além, e para mim é algo misteriosa a sua efetividade na seleção colombiana, que dispõe de avançados bem melhores.

A questão não está no valor, que não me compete julgar, mas na atitude. Desde que chegou ao Sporting, que Teo deu sempre ideia que estava insatisfeito, procurando pretexto para se ir embora.

Acho no mínimo deselegante, para não dizer pouco profissional, que Teo, sendo jogador do Sporting, proclame urbi et orbi, a sua devoção pelo River Plate, ao mesmo tempo que não esconde a sua disponibilidade para jogar no Rosário Central.

O Sporting deixou-o ir aos Jogos Olímpicos – ele que já passou há muito o limiar dos 23 anos – vedando esse estatuto a outros que tinha muito mais obrigação de dispensar. Penso que a ideia será a de, compreensivelmente, defender o investimento, a ver se se dá o milagre de algum clube se chegar á frente.

Espero que essa otimista expectativa se concretize, e que o Teo, definitivamente desampare a loja.

A verdade é que jogadores como ele, por melhores que sejam, não interessam ao Sporting; quando vejo o Rui Patrício, que interrompeu as mais que merecidas férias, para participar no jogo de apresentação, interrogo-me sobre o que é que um jogador com o perfil mercenário do Teo, ainda faz no Sporting.

Teo não merece, nunca mais, vestir a camisola do Sporting, que, aliás, nunca envergou com grande brilho.

É que há mínimos olímpicos de lealdade para com o clube que lhe paga o ordenado, que Teo, mesmo indo ao Brasil, parece nunca ter compreendido.

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